01-04-2010
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu nesta quarta-feira a possibilidade de o governo prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe.
01-04-2010
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu nesta quarta-feira a possibilidade de o governo prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, caso a meta de imunização não seja alcançada.
"Estamos no início, mas nossa meta é de 80% da população alvo. É evidente que tudo que acontecer nesse caminho que nos afaste dessa meta vamos ter que repensar. O que queremos é proteger a população", disse Temporão à Reuters.
"Nós podemos fazer qualquer coisa. Fazemos reuniões semanais avaliando e refinando os dados. Se, em algumas regiões, a cobertura deixar a desejar, vamos fazer um esforço para ampliar a cobertura", acrescentou o ministro da Saúde.
Temporão ressaltou que as pessoas que estiverem viajando para fora do país ou que tenham problemas graves que as impossibilitem de ir aos postos de saúde também poderão ser vacinadas fora dos prazos fixados pelo ministério.
No Rio de Janeiro, a procura pela vacina é considerada pequena, visto que a expectativa na primeira fase era imunizar quase 600 mil pessoas, mas a procura não chegou a 200 mil.
Temporão fez um apelo para a população comparecer aos postos de saúde de todo o país, lembrando que a imunização antes do inverno, quando há maior circulação do vírus, é fundamental para o controle da doença.
A campanha de vacinação contra a gripe H1N1 começou no dia 8 de março, quando o público alvo era profissionais da saúde e indígenas. Desde a semana passada até a próxima sexta-feira estão sendo imunizados gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos e pessoas com doenças crônicas.
Nas três etapas seguintes serão vacinados adultos de 20 a 29 anos (5 a 23 de abril); idosos, incluindo os que têm doenças crônicas (24 de abril a 7 de maio); e adultos de 30 a 39 anos (10 a 21 de maio).
Este ano, a nova gripe matou ao menos 36 pessoas no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No ano passado, foram 2.051 mortes no Brasil.