19/12/2011
Votações importantes no Congresso acirram disputa por cargos.
19/12/2011 Fonte: R7 Notícias
De olho na reforma ministerial, os partidos da base aliada entraram numa corrida para tentar mostrar quem é o mais fiel ao Palácio do Planalto nas votações essenciais para o governo.
A taxa de adesismo da base pôde ser medida nas votações, principalmente na Câmara dos Deputados, da emenda constitucional que prorroga a DRU (Desvinculação das Receitas da União) até dezembro de 2015. Além do PT, cinco partidos (PMDB, PSB, PSD, PC do B e PSC) passaram com louvor na prova de fogo da fidelidade ao Planalto.
A disputa se acirrou com a entrada em campo do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Apesar de o prefeito paulistano garantir que o partido é independente, a aposta na base aliada é que o PSD tenta se cacifar para ganhar uma vaga na Esplanada dos Ministérios. Recém-criado, o partido mostrou ao que veio nas votações do primeiro e segundo turnos, na Câmara, da prorrogação da DRU.
Projeto essencial para o governo, a DRU ganhou a totalidade dos votos dos deputados presentes do PSD às duas sessões. O texto destrava o orçamento e permite que o governo gaste 20% da receita livremente.
De acordo com o líder do PSD na Câmara, deputado Guilherme Campos (SP), a adesão do partido foi pela importancia do projeto e não por "barganha política".
- Votamos a favor para dar uma tranquilidade ao governo nesse cenário nebuloso. Não votamos em cima de barganha política e sim porque é um projeto emblemático para o governo.
Corrida
Com uma bancada de 50 deputados, os pessedistas se dizem independentes, mas não param de dar demonstrações de alta fidelidade ao Planalto. Junto com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o PSD tornou-se um contraponto à força do PMDB. PSB e PSD unidos somam uma bancada de cerca de 80 deputados, não deixando o governo tão refém dos peemedebistas.
Mesmo sem dar 100% dos votos, o PR e o PP não perdem tempo em alardear sua fidelidade ao governo. O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), reafirmou que a legenda apoia o governo.
- O PP tem ficado ao lado do governo. Tem tido uma postura de correção com o governo Dilma Rousseff.
Outro que entrou na corrida da fidelidade é o PR. Primeiro partido a ser defenestrado na faxina promovida pela presidente Dilma, o PR luta agora para recuperar o prestígio perdido com a saída do titular dos Transportes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.