02/12/2011
Um assunto não discutido publicamente, mas aventado entre algumas autoridades presentes na solenidade de lançamento da pedra fundamental das obras de transposição da BR-277, chamou a atenção de um grupo de jornalistas - a necessidade de implantação de uma terceira faixa na pista sentido Curitiba. A questão foi discutida a partir dos questionamentos feitos pela Folha de Campo Largo, edição da semana passada, lembrando que as obras de transposição, no trecho de 11 quilômetros entre o Itaqui e a Rondinha, resolve apenas parte do problema.
As obras de transposição da BR-277 vão transformar a ciade, melhorando em muito a qualidade de vida dos seus habitantes. Campo Largo vai se ver livre do tráfego pesado que divide a cidade em duas, principalmente nos horários de pico e nos finais de feriados prolongados, quando a situação se torna ainda mais caótica.
Mas o “efeito de corte”, que a rodovia exerce sobre a cidade continuará no restante do trecho, entre Campo Largo e Curitiba. São cerca de 25 quilômetros de alto tráfego, concentrado em apenas duas faixas, que tornam a viagem muitas vezes cansativa. Há, ainda, para piorar a situação, aqueles motoristas que, em velocidade baixa, permanecem na faixa da esquerda, que deveria ser utilizada apenas para ultrapassagens. Piora ainda mais o problema quando caminhões pesados permanecem nesta segunda-faixa, represando o fluxo de veículos leves.
E já que a construção de vias marginais parece um sonho impossível de se realizar, por que não o aproveitamento da pista atual, com a implantação de uma nova faixa destinada aos veículos lentos? A necessidade de implantação desta terceira faixa já se faz urgente e o Governo do Estado, através do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), bem poderia, concomitantemente com a construção das obras de transposição, pensar nesta solução. A viagem entre Campo Largo e Curitiba ficaria mais tranquila e menos cansativa, além de muito mais segura.
Um outro detalhe que chamou a atenção dos jornalistas, na solenidade, é que muita gente não sabia, e alguns ainda continuam sem saber, que a obra não é pública, não é paga com recursos públicos, mas uma obrigação contratual assumida pela concessionária, e custeada com o recursos da população que paga pedágio.
Esta obra só seria executada em 2014, mas devido à sua prioridade foi trocada pela duplicação do trecho de outra rodovia, no Norte do Estado, e que, agora, só será duplicada daqui a dois anos.
O Poder público e a concessionária RodoNorte têm, apenas, que fiscalizar, para que a construtora execute a obra observando todas as formalidades legais, de segurança e de defesa ambiental, utilizando técnicas modernas de Engenharia, para pelo menos manter o padrão atual da rodovia, e para que tudo fique pronto até o final de 2012.