25/11/2011
Obra vai solucionar gargalo logístico de todo o Paraná e dará sustentabilidade à rodovia
Novo traçado da BR 277 terá trincheiras e viadutos para facilitar mobilidade urbana e dar segurança e fluidez para usuários da rodovia e moradores de Campo Largo
O Governo do Paraná, através da concessionária CCR RodoNorte, está antecipando as obras de Duplicação da BR 277, em Campo Largo – o Contorno da cidade. Será o fim de um grande transtorno para os moradores da cidade e usuários da rodovia, que liga o interior do estado à capital paranaense e corta ao meio o município da Região Metropolitana. Previsto no contrato de concessão para início somente em 2014, a transposição da BR 277 já está lançada. A estrada também é o principal corredor de exportação de todo o Paraná (Campos Gerais, Norte, Centro e Oeste) e do Mercosul para o Porto de Paranaguá.
O custo será de R$ 70 milhões e seu traçado prevê a construção de 11 quilômetros de uma nova rodovia, com um viaduto, duas trincheiras, uma ponte e modernização de dois viadutos já existentes. O complexo rodoviário terá ainda duas rotatórias e vai utilizar 57,5 mil toneladas de massa asfáltica, gerando 1.600 empregos diretos e indiretos na Região Metropolitana de Curitiba, dando suporte ao desenvolvimento futuro da cidade, garantindo mobilidade pelas próximas décadas.
Como o traçado do desvio vai ocupar parte da PR 423 (Araucária – Campo Largo), este trecho da rodovia estadual também será recuperado pelo Governo do Estado, utilizando o contrato de concessão, através da CCR RodoNorte. A manutenção deste trecho da rodovia também é uma reivindicação dos usuários da estrada, que não faz parte da concessão. A estrutura dará acesso total à comunidade que margeia a rodovia, através de uma trincheira.
Este é o segundo fruto do diálogo entre o Governo estadual, através da Secretaria de Infraestrutura e Logística, e a concessionária CCR RodoNorte. O primeiro foi a Passarela Ecológica, avaliada em R$ 1,5 milhão, que começou a ser construída nesta semana no Parque Barigui, em Curitiba, sem custos para o contrato de concessão.
Contorno de Campo Largo em números:
Nova pista Sul
•Km 114 ao 123
•R$ 70 milhões
• Extensão de 11 km de pista dupla
• Construção de 01 viaduto rodoviário
• Construção de 02 trincheiras
• Construção de 01 ponte
•Novas alças em 02 viadutos, incluindo
a construção de 02 rotatórias
• 57,5 mil toneladas de massa asfáltica
• 785 mil metros cúbicos de terraplanagem
• 10 mil metros de canaletas
• 1,3 mil metros de bueiros
• 10,5 mil metros quadrados de pintura de
sinalização horizontal
• 380 metros quadrados de placas para
sinalização vertical
• 1600 empregos diretos e indiretos
• Redução da emissão de 657 toneladas
de monóxido de carbono todos os anos
MOBILIDADE
Prioridade para a obra considera a segurança viária e fluidez de tráfego
Dentro das negociações sobre as prioridades de realização das obras previstas dentro do contrato entre o Governo do Estado e a concessionária CCR RodoNorte, dois itens estão dando Norte aos investimentos – segurança viária e fluidez de tráfego. Assim, a movimentação de até 50 mil veículos por dia em Campo Largo, além de congestionamentos gerados em horários de pico e feriados, mostrou a urgência da obra da nova BR 277. A realidade local gera grandes demandas operacionais, tanto do atendimento da CCR RodoNorte quanto da Polícia Rodoviária Federal, Siate, Samu e da Prefeitura.
Atualmente, soluções paliativas para conciliar o tráfego rodoviário e urbano foram tomadas na região – onde a velocidade cai para 60 Km/h. Enquanto os usuários da rodovia passam por dois radares, três lombadas e um semáforo, os moradores precisam tomar cuidado extra para cruzar a estrada. Nos momentos mais críticos, como volta de feriados, os congestionamentos chegaram a 15 quilômetros, chegando à Serra de São Luiz do Purunã. Outro problema que será solucionado será o do risco de acidentes no trecho, especialmente de atropelamentos e colisões traseiras – na sua maioria leves, mas que atrapalham a viagem dos. Em 2010, aconteceram no trecho 163 acidentes, com 89 feridos e três óbitos. Neste ano, até novembro, foram 209 acidentes, com 121 feridos e cinco mortes.
Ao término da obra, o trecho atual da BR 277 será novamente administrado pelo DER e se tornará em uma grande via integradora do município. A expectativa é de que ele seja transformado na Avenida da Porcelana, forma de fomentar o turismo e o comércio do principal produto da economia de Campo Largo, levando mais sustentabilidade à economia. A cidade é responsável por 95% da produção nacional de porcelana.
Ganho ambiental
Outro ganho com a obra será ambiental. Com a redução dos congestionamentos dentro da cidade, especialmente nos feriados e com paradas nos semáforos, a rodovia deixará de emitir 657 toneladas de carbono por ano, segundo verificação da consultoria Capital Ambiental. Para suprir essa quantidade de emissões, seriam necessárias 2.638 árvores de Mata Atlântica – contribuindo para o conceito de rodovia sustentável.