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Política

Crise institucional

10-05-2011

Rossoni critica Olympio Sotto Maior por vazar informações

Crise institucional

10-05-2011

O presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), criticou o procurador geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, pelo vazamento de informações para a imprensa sobre investigações que apuram irregularidades na contratação de servidores de gabinetes de um grupo de deputados, incluindo o tucano.

Rossoni disse que Sotto Maior Neto deveria zelar pelo sigilo das investigações até que houvesse uma conclusão sobre a veracidade das denúncias publicadas na edição desta segunda-feira no jornal Gazeta do Povo.

O deputado tucano insinuou que a divulgação da existência dos inquéritos contra os deputados, suspeitos de abrigar funcionários fantasmas, foi uma retaliação do procurador geral de Justiça pela demissão de seu irmão, Severo Sotto Maior, da diretoria legislativa da Assembleia. Severo foi afastado do cargo quando Rossoni assumiu a presidência da Casa este ano.

"Será que demitir o irmão do Dr. Olympio explica o que está acontecendo? Parece que o MP, e eu cito o Dr. Olympio, deveria ter a cautela de não vazar para a imprensa antes de ter certeza sobre a culpabilidade. O procurador geral de Justiça é o responsável pelo sigilo da investigação", afirmou.

Em discurso na tribuna durante a sessão, o atual 2º secretário da Mesa Executiva, Reni Pereira (PSB), que está na lista dos investigados, afirmou que ficou sabendo do inquérito pela reportagem. "Para saber por que estou sendo investigado fui informado pelo Ministério Público que tenho que entrar com uma petição. Mas a imprensa teve acesso antes ao inquérito. Fiquei surpreso pela forma como recebi a notícia", reclamou Pereira.

Procurado pela reportagem, o procurador geral de Justiça não concedeu entrevistas. Conforme a assessoria de imprensa, ele estava ocupado participando da reunião do órgão especial dos procuradores.

Além de Rossoni e Pereira, a reportagem informou que estão sendo investigados também os deputados Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Nereu Moura (PMDB), Alexandre Curi (PMDB) e Nelson Justus (DEM).

Fonte: Banda B