Quarta-feira às 15 de Maio de 2024 às 10:52:21
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Opinião

Não limite o seu conhecimento, descubra novas culturas

Uma  grande evidência do mundo atual é que devemos estar cada vez mais abertos ao conhecimento. Conhecer novas culturas é essencial para entender e respeitar o próximo.

Não limite o seu conhecimento, descubra novas culturas

Uma  grande evidência do mundo atual é que devemos estar cada vez mais abertos ao conhecimento. Conhecer novas culturas é essencial para entender e respeitar o próximo. Um meio de fazer isso é estar atento ao que está em nossa volta. Nesta semana, tivemos a oportunidade de nos aproximar dos índios, que estão instalados na parte mais externa do Parque Cambuí e que chegaram a Campo Largo para comercializar seu artesanato nos bairros da cidade.

Embora a cultura indígena seja a mais antiga no Brasil, dividida em várias aldeias, ainda carecemos de conhecê-las mais profundamente e muitas vezes ficamos presos a estereótipos - e mesmo preconceitos - antigos, sem nos abrir para o desconhecido.

Durante a conversa com o representante da tribo, ele deixou claro que veio para a cidade para comercializar sua arte, junto com a família, deixando uma casa, com conforto em ter banheiro e água corrente nas torneiras, luz elétrica, para viver temporariamente em barracas em campo aberto, sem uma estrutura ideal e em meio a um calor bastante intenso.  Essa é a vontade e necessidade de oferecer uma vida melhor para a sua família.

Tanto em conversa com este indígena, como também com a secretária de Desenvolvimento Social, Márcia Fabiani Botelho, ficou claro que a intenção dessa comunidade não é esmolar ou invadir terras, mas trabalhar permitindo que pelo menos uma parte desta cultura tão importante para o país chegue em nossas casas.

O município sinaliza uma grande preocupação com relação a este assunto, e manifesta por meio do atendimento à saúde, assistência e por meio de recomendações quanto à segurança deles, principalmente quando o assunto são as crianças e a prevenção ao trabalho infantil nos semáforos, por exemplo. Também se mostra presente ao buscar um local apropriado e com salubridade para essas pessoas neste momento em que estão na cidade, praticamente de passagem.

Que nós, quanto campo-larguenses, possamos ser mais sensíveis ao sermos abordados por essas pessoas, que também enfrentam as dificuldades existentes no cenário atual. Que ao se propor em ajudar, possamos nos tornar apoiadores desta cultura, por meio da compra ou da divulgação destes trabalhos, por meio da indicação destes produtos. Que o diferente seja uma oportunidade de crescer culturalmente e não seja visto com olhos de reprovação ou desconfiança.