11-02-2011
O desenvolvimento do Paraná passa, necessariamente por Campo Largo. Nossa localização geográfica, privilegiada, nos permite observarmos, no dia a dia, de hora a hora, as idas e vindas dos paranaenses da maioria dos 399 municípios em ônibus, automóveis e caminhões. E a safra agrícola descendo rumo ao porto de Paranaguá, enquanto as máquinas e insumos sobem a Serra de São Luiz do Purunã.
A nossa BR-277 é a veia principal do coração do Estado, e ela está bem aqui, no meio da nossa cidade. Motivo de progresso, fonte de muito sofrimento e lágrimas de famílias que perderam, no seu asfalto, vidas importantes, a BR-277 não pode e não deve continuar prejudicando a qualidade de vida de todos nós, os campo-larguenses. É chegada a hora de dizermos não, é chegada a hora de dizermos basta, queremos mudanças.
Há muito pensávamos que a simples duplicação da pista e a melhoria da sinalização, trouxesse mais segurança, melhor qualidade de vida. Trouxe, sim, mas é pouco, muito pouco. Queremos e merecemos mais. Não adianta pensarmos apenas no hoje, na melhoria dos acessos, não adianta reivindicarmos apenas retornos mais seguros, trincheiras, sémáforos, marginais. Tudo isso é necessário, mas esse é o presente, esta é a necessidade de hoje, de agora.
Campo Largo precisa projetar o futuro da BR-277, do seu sistema de transporte, da sua ligação com Curitiba. Precisamos pensar em marginais largas e pavimentadas, que acompanhem todo o trajeto da rodovia até Curitiba, precisamos pensar nos demais meios de locomoção do futuro, no trem, no metrô, precisamos pensar em retirar a rodovia, definitivamente, no perímetro urbano de Campo Largo. Para tanto, há a necessidade de estudos não para a construção da terceira pista, junto à Pista Norte, apenas, mas um anel rodoviário que desvie todo o trânsito de veículos pesados do eixo da atual BR-277.
Sabemos, de fonte segura, que existem estudos preliminares para a implantação de um grande anel rodoferroviário que deverá desviar a BR-277, do Centro de Campo Largo, levanto todo o fluxo de veículos pesados a contornar a cidade, indo ligar-se ao Contorno Leste, no Pinheirinho, em Curitiba, via Araucária. É preciso que as nossas autoridades começem a pensar, desde já, em defender essa solução, porque de nada adiantará, daqui a 20 anos, termos trincheiras apenas, porque o fluxo de veículos nesse período, certamente duplicará, e a cidade sentirá na sua carne, o efeito de corte de uma rodovia congestionada, com o dobro ou o triplo do movimento de hoje.