Um dos quatro acusados de matar o superintendente Marcos Gogola, da Delegacia de Campo Largo, em setembro de 2013, fugiu da Penitenciária estadual de Piraquara (PEP I) pela porta da frente.
08/12/2015
Por Denise Mello | Banda B
Um dos quatro acusados de matar o superintendente Marcos Gogola, da Delegacia de Campo Largo, em setembro de 2013, fugiu da Penitenciária estadual de Piraquara (PEP I) pela porta da frente, tranquilamente, simplesmente porque trocou de lugar com o irmão na hora da visita. Iago Gonçalves aproveitou a semelhança com o irmão Igor Gonçalves, trocou de roupa com ele durante o horário de visita e fugiu sem que nenhum agente ou segurança percebesse a troca. A ação aconteceu no sábado (5) e foi confirmada hoje pela assessoria do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).
Igor está preso na Delegacia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Ele foi descoberto no dia da fuga e admitiu ter feito a troca “para ajudar o irmão”. Se antes estava livre, agora se complicou e foi indiciado por associação ao crime, falsidade ideológica e facilitação de fuga. Um inquérito administrativo está em andamento para descobrir como tudo ocorreu. A polícia faz buscas por Iago Gonçalves, que segue foragido.
Crime
Iago Gonçalves foi preso em setembro de 2013 acusado de participação no assassinato do superintendente Marcos Gogola. O policial morreu com um tiro na nuca no momento em que comparsas, incluindo Gonçalves, arrebataram o preso Dionatan Mendes Quadros. Gogola fazia a escolta a Dionatan para uma consulta a um dentista no Centro do município da RMC
Segundo a polícia, de forma cruel, Dionatan ordenou que Gogola, de 45 anos, fosse assassinado, mesmo sem o policial esboçar nenhum reação. A ordem foi dada dentro do consultório odontológico, na manhã do dia 5 de setembro de 2013.
A reconstituição do crime mostrou que Gogola estava na porta do consultório enquanto Dionatan era atendido pelo dentista na cadeira do consultório. De repente, três homens renderam Gogola e o obrigaram a entrar no consultório onde, além de Dionatan, estavam o dentista e um agente carcerário. Em questão de segundos, o detento foi libertado.
Antes de sair, Dionatan ordenou que um dos bandidos matasse Gogola. “Mata o Gogola”, disse ele. O policial, sem esboçar nenhuma reação, foi baleado na testa e morreu na hora. O agente também foi baleado nas costas, mas sobreviveu. A ação durou 57 segundos.
Os quatro foram presos no mesmo dia em uma grande operação policial. Dionatan foi baleado e teve o braço amputado. Além dele, foram presos Anderson Barbosa da Luz, Jean Fernando Portela de Mattos e Iago Gonçalves, que agora está foragido. Também foram presos a mãe e o pai de Dionatan, que teriam planejado o resgate do filho. Um quinto suspeito, Pedro Thiago Kochinski Ferreira de 20 anos, foi morto na troca de tiros com policiais
Gogola era casado e deixou três filhos. Formado em Direito, seu sonho era passar em um concurso para delegado da Polícia Civil.