07/12/2012

Andar pelas ruas de alguns bairros de Campo Largo desperta uma sensação de abandono, de descaso. É mato em todos os cantos, em terrenos, calçadas, ou ocupando o lugar do que deveria ser uma calçada – enquanto as pessoas precisam andar pela rua, dividindo lugar com os carros. É esgoto a céu aberto. Lixo jogado em locais impróprios.
Faltam condições dignas de vida a muitas pessoas, que vivem do jeito que dá e muitas delas já nem têm mais esperança de alguma melhora. Ausência de rede de esgoto é uma realidade para milhares de famílias e, por consequência disso, estão expostas a doenças infectocontagiosas. Moradores já se conformam com esta dura realidade, por não ter mais a quem recorrer. Muitos tentam e reivindicam, mas a maioria cansa de pedir por algo que nunca chega.
Um exemplo é o Jardim Itaqui, onde um rio se mistura ao esgoto e o mau cheiro toma conta. Ratos são sempre vistos pelos vizinhos, além de muitos insetos. Em algumas casas, o esgoto (água servida) é jogado direto na rua.
Lixo tem sido um problema muito visível na cidade. Até mesmo na região central, o lixo é colocado fora do horário de coleta, ou colocado em lugar impróprio. O resultado é pedestre tendo que desviar de lixo no meio da calçada e ainda trancar o nariz porque cachorros de rua já fizeram o trabalho de abrir o lixo que estava com resto de comida. Falta estrutura, faltam cuidados e preocupação com o próximo.
Muitos terrenos baldios no município não são cuidados conforme seria obrigação do proprietário. O mato que toma conta dos terrenos passa a ser um chamariz para depósito de lixo e entulho.