26/10/2012
O Município de Campo Largo corre sério risco de ficar isosolado de Curitiba. A BR-277 já não comporta mais os mais de 50 mil veículos que trafegam, diariamente, pelos pouco mais de 25 quilômetros que separam as duas cidades. Qualquer acidente, por menor que seja, causa um grande transtorno nesse fluxo de veículos, provocando congestionamentos imensos, às vezes por horas.
Na última Terça-feira, um acidente verificado no final da tarde, na divisa entre as duas cidades, causou a paralisação da duas pistas. Mais de 25 quilômetros de engarrafamento, com os veículos andando a quatro, cinco quilômetros por hora. Teve motorista que ficou mais de quatro horas, na estrada, para fazer o percurso que normalmente faz em 15 a 20 minutos.
Pior, ainda, foi o transtorno causado para as indústrias localizadas ao longo da rodovia. Muitas tiveram que esticar o expediente do turno que sairia às oito, ou às dez da noite, mantendo o pessoal até perto de meia-noite, até que as equipes do novo turno chegassem.
Campo Largo necessita de caminhos alternativos, rápidos e seguros, em sua ligação com Curitiba. A BR-277 necessita de vias marginais, nos dois lados da pista, para ter tráfego nos dois sentidos, em cada uma delas. Além disso, a cidade precisa pensar em melhorar as ligações existentes, como a Estrada do Mato Grosso para que, em casos assim, possa servir de alternativa para o fluxo de veículos de passageiros e ônibus, tanto os que trafegam no sentido Curitiba quanto os que demandam Campo Largo.
Existe, sim, uma alternativa, a estrada de Bateias, que pode levar à Curitiba através do município de Campo Magro. Mas essa ligação é extremamente distante e pouco conhecida da maioria dos motoristas. Resta a abertura de novas vias, possivelmente ligando a Fazendinha à Colonia Dom Pedro, e daí para o Contorno Norte, o que solucionaria uma série de dificuldades que, hoje, se impõem aos motoristas, cada vez que a BR-277 sofre algum problema, alguma interdição.
Campo Largo tem, sim, a necessidade de reivindicar obras dessa natureza, junto aos governos do Estado e da União. Tem muito mais do que a necessidade, tem o direito.
