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Opinião

A Mulher de Cesar tem que ser honesta

A Mulher de Cesar tem que ser honesta

28/09/2012

Além de ser honesta, a mulher de Cesar precisa parecer honesta. Esta máxima se aplica, principalmente, aos políticos. Eles têm a obrigação de serem honestos e precisam, aos olhos públicos, parecerem honestos. Não se pode aceitar um político desonesto e, em geral, esses são mandados, pelos eleitores, ao ostracismo, desaparecem, morrem politicamente.

A palavra “candidato”, vem da cultura Indo-europeia, que tinha uma palavra, “Kand”, que significa “brilhar, emitir luz”. Seria originária do Sânscrito “cand”, que em grego passaria a ser “kandaors”, Carvão, que emite luz, quando aceso. No Latim, a raiz da nossa língua, o verbo “candere” significa “ser brilhante, branco, queimar”.  Candidato, portanto, significa “cândido”, “limpo”, que “emite luz”.

Um candidato deve ser livre de impurezas, deve ser um cidadão acima de qualquer suspeita, deve ter a consciência e, principalmente, as mãos limpas.

Estamos no limiar das eleições que vão escolher nosso futuro prefeito, vice e vereadores. Não podemos fechar os olhos à qualidade dos nossos candidatos, não podemos permitir que corruptos sejam eleitos, que sequer suspeitos de corrupção, sejam sufragados. Não podemos deixar de olhar bem, o curriculum de cada um, o que eles já fizeram, ou deixaram de fazer, com quem eles andam, quem são os seus companheiros, os seus cabos eleitorais. Porque, ao elegermos um prefeito, basicamente elegemos todos os seus correligionários, todos os que estão em sua volta.

Há, na maioria dos comitês, gente que já é bastante conhecida dos eleitores. Há os chamados “cupins”, que se infiltram nas administrações  com o único propósito de “se dar bem”, de ganhar muito dinheiro, de se aproveitar do erário público, do poder público, para usufruir benesses, em troca de “favores”, de “próteses”, de “pontes de safena”, de serviços que deveriam ser prestados gratuitamente, através do SUS. Há os “corretores” de favores, que ganham muito, até mesmo votos, para dar ao povo o que o povo deveria ganhar diretamente do Governo, como asfalto, manilha para a valeta na frente de casa, ou um caminhão de saibro para nivelar a entrada de casa com a rua.

Esses “favores”, de candidatos, estão configurados na legislação como crime eleitoral. É só tomarmos cuidado para não sermos vítimas desses maus políticos.