O governo apresentou uma proposta de equiparação dos salários de docentes e agentes universitários das instituições estaduais de ensino superior (IEES) do Paraná nesta terça-feira (20). A proposta de reajuste de 31,73% pagos em quatro ou em cinco parcelas foi repassada para representantes dos sindicatos de docentes, durante encontro na sede da Secretaria de Ciência e Tecnologia, em Curitiba, e agora será repassada à categoria em assembleias.

O reajuste proposto atende as reivindicações da categoria, que ameaçava entrar e greve se não houvesse negociação. O governo propõe o pagamento do reajuste em cinco parcelas anuais de 5,66%, a partir de julho de 2012, ou em quatro parcelas anuais de 7,14%, a partir de outubro deste ano.

Após análise da categoria em assembleias, a proposta será encaminhada para votação pela Assembleia Legislativa.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Superior do Oeste do Paraná (Sinteoeste), Francismari Nogueira, que participou da reunião com o governo, a proposta apresentada já era esperada. “Não tinha expectativa que fosse muito além disso, o governo só apresentou a reproposta por causa da pressão que fizemos com as paralisações”, comentou.

Contudo, Nogueira não quis manifestar parecer sobre aceitação da proposta. “Quem decide é a assembleia geral, que na Unioeste acontece na sexta-feira (23), às 14h, no campus de Cascavel”, disse. Os sindicatos de docentes de outras universidades estaduais devem programar assembleias.

No dia 7 de março, professores das universidades estaduais de Londrina (UEL), do Norte do Paraná (UENP), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste) e da Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (FECEA) pararam as atividades por 24 horas com o objetivo de reivindicar o reajuste dos salários da categoria.