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Correios

13-10-2011 

Funcionários dos Correios retornam hoje.

Correios

13-10-2011 Fonte: Band.com.br

 Os trabalhadores dos Correios aceitaram a decisão da Justiça e irão retornar nesta quinta-feira ao trabalho. Foram 28 dias de paralisação e mais de 180 milhões de entregas atrasadas, que devem ser normalizadas em dez dias.

No início da noite dessa quinta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou a greve dos servidores das empresas dos Correios, como não abusiva e determinou que a empresa conceda aumento salarial real de R$ 80 a partir deste mês e a reposição da inflação de 6,87%.

"Foi um movimento que nós trabalhadores nos orgulhamos. Agora, acataremos a Justiça de cabeça erguida, com o sentimento de missão cumprida. Por outro lado, a empresa não conseguiu impor todas as suas vontades", ponderou Diviza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas dos Correios de São Paulo.

No entanto, os ministros do TST determinaram que os trabalhadores compensem os 21 dias de paralisação, aos sábados e domingos, e que outros sete dias sejam descontados dos pagamentos dos trabalhadores.

José Rivaldo, secretário-geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), reforçou a posição dos funcionários, que respeitarão a decisão.

O valor do aumento real estipulado pelo TST é o mesmo acordado na terça-feira, dia 4, entre representantes do sindicato e da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), durante sessão no Tribunal. As partes haviam concordado que seis dias de greve seriam descontados dos vencimentos e que os carteiros deveriam trabalhar durante fins de semana e feriados para entregar as cartas acumuladas. Mas, os trabalhadores rejeitaram, em assembleias, a proposta de acordo.

Para o ministro Maurício Godinho, relator do julgamento da greve, o movimento não é abusivo e respeita princípios que não prejudicam a ECT. O ministro propôs, inicialmente, que as ausências não fossem descontadas na folha de pagamento, e compensadas em esquema de plantão.

Já o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, defendeu o desconto de todos os dias parados. Ele defendeu a jurisprudência de que a legislação determina que a empresa não tem obrigação de pagar pelos dias em que os serviços não foram prestados, pois a greve implica em uma quebra de contrato entre empresa e trabalhadores.