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?Duas pedras? afetam a vida de muitas famílias

?Duas pedras? afetam a vida de muitas famílias

07/10/2011

As dependências químicas podem ser consideradas uma epidemia em nosso País. Mesmo muitos não acreditando, a dependência é considerada uma doença cerebral crônica, complexa e recidivante. “Ela muda o comportamento do indivíduo, e o mesmo precisa de tratamento e acompanhamento pela vida toda”, disse a médica psiquiátrica do CAPS AD Dra. Thaís Linder Silva. O Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Droga (CAPS AD) faz o atendimento necessário para o tratamento desta doença.
Segundo pesquisas do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), em 1992 iniciou-se o consumo do Crack no Brasil e aproximadamente 189 mil pessoas, até 2001, já haviam feito uso da droga. Já em 2005 este número duplicou para 381 mil usuários, sendo as mulheres e os jovens os que mais sofrem com os riscos pessoais e sociais decorrentes do uso de drogas.
“A mulher tem certa barreira para procurar auxílio”, comentou a assistente social do CAPS AD, Rozeli Maria Gobor. Segundo Rozeli, outro grupo de usuários que cresce a cada dia são os jovens, já que estão em um período de mudanças na vida e procuram um alicerce nas drogas. “O importante é procurar ajuda o quanto antes”, afirmou a assistente social.
A dependência começa também após o uso abusivo do álcool, quando a pessoa passa a necessitar de efeitos mais fortes e busca outras drogas. “Atualmente temos no “mercado” uma droga mais barata: o OXI”, afirmou Rozeli, com isso o acesso a esta substância é mais fácil. No Brasil segundo a Unidade de Pesquisa de Álcool e Drogas (UNIAD), há mais de 1 milhão de usuários de Crack, 600 mil pessoas serão afetadas pela dependência do Oxi, com aproximadamente 30% de mortes, nos próximos cinco anos.
“O dependente e a família precisam aceitar e encarar a dependência como uma doença”, disse a médica psiquiátrica. De acordo com a Dra. Thaís, o tratamento no início do processo se torna mais fácil, mas ela acrescenta que o acompanhamento sempre se faz necessário. “O CAPS AD oferece diferentes tipos de trabalhos para o dependente”, salientou.  Para iniciar o tratamento, a pessoa passa por uma triagem para avaliação geral.
O CAPS AD possui uma equipe multiprofissional, com: psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social e enfermeiros. “Muitos se enganam, mas as drogas estão presentes na vida de várias famílias, independente da classe social ou raça”, finalizou Rozeli.
Serviço:
CAPS AD
Rua Joanin Stroparo s/nº. Ao lado do NIS III
Telefone: 3393-1447.