16-07-2011
Suspeitos participam da reconstituição do assassinato da estudante Louise Maeda
16-07-2011
Os suspeitos de envolvimento na morte da estudante Louise Sayuri Maeda, 22 anos, participaram na noite de sexta-feira (15) da reconstituição do crime, que durou duas horas. O trabalho começou às 21h40, ao lado do Shopping Mueller, e seguiu até a ponte da rua Nicola Pellanda, sobre o Rio Iguaçu, no Umbará, em Curitiba, onde a jovem levou dois tiros na cabeça e foi jogada na água.
Elvis de Souza, 20 anos, se recusou a participar da reconstituição e sua versão foi encenada com base no interrogatório. Fabiana Perpétua de Oliveira, também de 20 anos, e Márcia do Nascimento, 21, demonstraram suas versões aos policiais da Delegacia de Vigilância e Capturas e a peritos do Instituto de Criminalística.
Os três concordam que Elvis deu o primeiro tiro, a partir de então as histórias divergem. Fabiana, a primeira a participar da reconstituição, disse que esteve na ponte com os dois e voltou para o carro, estacionado na cabeceira da ponte, quando ouviu o disparo, ao contrário do que informou na primeira versão, na qual relata que não deixou o veículo. Ela afirmou que estava no carro e não ouviu o segundo tiro.
Segundo a versão de Márcia, Elvis pediu que ela lhe ajudasse a jogar o corpo, mas, como estava pesado, Fabiana teria colaborado para atirar o cadáver no rio. A suspeita, não falou do segundo disparo. "Ele me fez pegar na perna dela. Eu não aguentei porque ela era pesada", disse Márcia.Interrogatório
No interrogatório, Elvis confessa ter dado o primeiro tiro, mas diz que Márcia tomou-lhe a arma e atirou também. Depois, ela voltou para o carro para guardar o revólver e retornou à
ponte, onde o ajudou a jogar o corpo de Louise. Nessa versão, Fabiana permanece o tempo todo no veículo, estacionado na cabeceira. Durante toda a simulação, Fabiana se mostrou calma enquanto que Márcia chegou a chorar por alguns instantes ao relatar como tudo aconteceu.
O delegado Marcelo de Oliveira, da Delegacia de Vigilância e Capturas, informou que irá confrontar as três versões da reconstituição com as que constam nos interrogatório. Segundo comentou, a mais verossímil é a de Fabiana. Porém, a elucidação do caso, com o motivo do crime brutal, só será revelada na segunda-feira (18). Nesse dia, vence a prisão preventiva dos suspeitos, mas o delegado afirmou que irá pedir a prorrogação.
Louise trabalhava como gerente de uma lanchonete no shopping e desapareceu na noite de 31 de maio. Seu corpo foi encontrado dia 17 do mês passado. Fabiana e Márcia eram suas subordinadas no estabelecimento.