08-07-2011
Operação desmantela gangue do maçarico que agia em todo o País
08-07-2011
Policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) e militares do 1º Comando Regional prenderam em flagrante 11 suspeitos de integrar uma das chamadas "gangues do maçarico". A prisão aconteceu no Sábado (2), quando a quadrilha arrombava o caixa eletrônico do Banco do Brasil em Palmeira. A investigação começou em Janeiro, quando um bandido foi identificado pelo Instituto de Identificação, pelas impressões digitais.
Foram presos como suspeitos de integrar o grupo um policial civil e dois militares, mais sete homens e uma mulher. Os presos são dos estados de Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Segundo levantamento das polícias, o grupo agia em vários estados e no mínimo seis roubos a caixas eletrônicos, em Curitiba e região, podem ser atribuídos a eles.
Entre o material apreendido estão uma pistola calibre 40 e três revólveres, calibre 38; cinco veículos, um deles roubado; três maçaricos; botijão de gás; pés de cabra; extintores; mochilas; isolantes de acrílico; óculos; 16 celulares; carregadores de pistola; touca balaclava e munições.
"A investigação foi feita em conjunto entre a Polícia Civil e a Polícia Militar, durante quatro meses, e contou com vários acompanhamentos, diligências e audiências", disse o delegado-titular da Delegacia de Furtos, Rodrigo Brown. "No dia da prisão eles pretendiam arrecadar cerca de R$ 500 mil em dinheiro", completou.
Ação
As investigações tiveram início após a identificação de um dos integrantes da quadrilha que participou do furto de caixa eletrônico ocorrido em 30 de Janeiro, no Banco do Brasil do Bairro Alto, em Curitiba. Kaio Alexandre Dias Vogel, que cumpre pena em regime aberto em Santa Catarina pelo mesmo crime, foi identificado pelas impressões digitais colhidas no local do crime pelos papiloscopistas do Instituto de Identificação.
A partir daí, os policiais civis e militares passaram a trabalhar na identificação dos demais integrantes da quadrilha. As investigações mostraram que o grupo é responsável por diversos furtos de caixas eletrônicos em todo Brasil e é formado por pessoas de vários estados, que se reuniam para cometer os crimes em diferentes cidades do País.
Segundo o delegado, a quadrilha reuniu-se diversas vezes em Curitiba, e todos os seus passos foram documentados em filmagens e fotografias. A investigação deixou claro, de acordo com Rodrigo Brown, tratar-se de organização criminosa, com papéis definidos para cada um de seus integrantes. A alguns cabia a missão de preparar a agência com a anulação dos sensores de incêndio e alarme; outros ficavam responsáveis pelo transporte das ferramentas e fuga, outros pelo corte dos caixas eletrônicos e outros pela vigilância e segurança da ação criminosa.
Neste caso, de acordo com o delegado, também contavam com auxílio de um policial militar que, de plantão no momento do crime, ficava responsável por "segurar" as denúncias recebidas pelo telefone 190 e também por, supostamente, alertar os marginais sobre a presença de outras forças policiais no local.