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Opinião

Onde estão os candidatos?

Onde estão os candidatos?

13-05-2011

Onde estão os prováveis candidatos de oposição para prefeito de Campo Largo, para as eleições de 2012? Recentemente, numa reunião com diversos interessados, o assunto foi tratado. Comeu-se, bebeu-se, discutiu-se e, em seguida, juntaram-se todos, de livre e expontânea vontade, posaram para uma foto, que foi divulgada nos jornais da cidade. Aparentemente era a oposição de Campo Largo, se movimentando, pelo que parecia, com vistas às próximas eleições. Pela foto, alguns dos analistas políticos da cidade emitiram opiniões, na maioria de incredulidade. Poucos entendiam como poderiam, aquelas figuras, sequer estarem juntas, numa mesma reunião, na mesma mesa. É como juntar Requião com Beto Richa, ou Serra e Lula, para um jantar à luz de velas, não dá, não soma, não cola.
Não estamos, aqui, fazendo nenhuma análise da atual administração municipal, se foi boa, se foi importante para a cidade. O que estamos chamando a atenção, é para a ausência total de opositores políticos à administração do prefeito Edson Basso. Recentemente, uma campanha chamou a atenção da cidade para os buracos. Parecia que a oposição, de certa forma, teria acordado. Mas ao que parece, estava apenas sonhando. Bastou o prefeito contratar novas equipes para tapar os buracos, que a grande campanha oposicionista ficou sem as "armas" , sem os buracos. E agora, qual o próximo passo da oposição. Candidatos? Quem são?
A própria situação encontra-se, hoje, numa situação que parece difícil, exatamente pelo oposto do que deveria estar preocupando a oposição. São muitos, os pré-candidatos situacionistas para substituir o prefeito. Há, inclusive, candidato "oposicionista" dentro da própria situação, dentro do próprio partido do prefeito. Alguns lutam, numa guerra surda, quase fraticida, para ocupar espaços, para aparecer mais, para ser o "ungido" pelo prefeito Edson Basso, talvez porque acreditem que esta indicação, esta "unção" , seja mais difícil de conseguir do que a própria eleição, em Outubro de 2012.
Esta crítica não tem por objetivo diminuir ou denegrir nenhum pré-candidato a prefeito em 2012, apenas chamar a atenção para a necessidade de termos oposição, porque sem oposição não existe Democracia. A oposição, inclusive a formalizada na Câmara Municipal, é frágil, não apresenta projetos, não defende bandeiras, parecendo estar mais preocupada em manter suas cabeças sobre o pescoço, do que defender, fiscalizar, atuar como "pedra no sapato" do Governo. Afinal, o contribuinte paga, e paga muito caro, para manter um Poder Legislativo e, por isso, tem o direito de exigir serviço, de exigir ação.
Eleição após eleição, o eleitor fica mais consciente, menos vulnerável ao poder de políticos profissionais. O voto, hoje, já é usado por uma grande parcela dos eleitores como uma arma de defesa, como uma poderosa guilhotina que certamente vai cortar o pescoço dos que se mostrarem mal intencionados, inúteis, incompetentes e corruptos. A Democracia tem o poder de nos levar ao momento em que o eleitor se fará representar apenas por cidadãos preparados para exercer o poder, com ética, honestidade, competência e transparência. Nessa época, não precisaremos nos preocupar mais, com esse assunto.