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Opinião

Nas escolas, a luz no fim do túnel

Nas escolas, a luz no fim do túnel

29-04-2011

A sociedade encontra-se numa difícil encruzilhada. Nos últimos anos, esgotaram-se os modelos de educação, a família passou a exercer, cada vez menos, o papel de educar os filhos, e não se substituiu esse "educador". Uma geração inteira, talvez duas ou três, ficaram sem base, sem exemplos, sem rumo. Criamos, em regra, uma geração de monstros insensíveis, que não respeitam os direitos dos seus semelhantes, não obedecem a nenhum critério de moral, de ética, de justiça. Criamos assassinos que não pensam duas vezes em cometer atrocidades, genocídios, que roubam, violentam, enganam e não têm culpa. Criamos seres capazes de descarregar centenas de tiros em salas de aula, contra nossas crianças. Criamos políticos que tomam à força, os gravadores dos jornalistas. Criamos déspotas que lançam suas máquinas de guerra para aniquilar seus opositores, dentro dos seus próprios países.
O resultado das mudanças que vêm desde à década de 1960, estão a ameaçar a própria sociedade. Hoje, as leis quase que proibem os pais de educar seus filhos. Uma criança não pode ser repreendida, muitas delas já sabem, em tenra idade, que é só ligar para o Conselho Tutelar que o pai e ou a mãe vão acabar tendo que se explicar, mesmo que a denúncia seja apenas uma sutil mentira. Criamos uma sociedade que não sabe mais o seu rumo, que não tem Deus no coração, que não tem limites.
A maioria das escolas recebe toda uma geração que jamais recebeu um "não" dos pais, que não conhece e não respeita o direito dos outros, que não respeita os professores, que não conhece e nem respeita as leis. Algumas famílias, entretanto, educam e formam seres humanos dignos, cidadãos que se norteiam pela Justiça, pela Ética e pela Tolerância, mas esses casos são raros.
As escolas aparecem como a principal alternativa para a solução desses problemas. Mas só a escola não é suficiente. É preciso que os governos e a sociedade, unidos, determinem o rumo a tomar, para que não tenhamos que lamentar, mais tarde, situações como as da escola do Rio de Janeiro se multiplicarem.
Há, em Campo Largo, muitas escolas que estão desempenhando o seu papel e indo mais além, na educação dos jovens. Além de preparar as novas gerações para a vida profissional, para ingressar em uma faculdade, no mercado de trabalho, estas escolas estão preocupadas em formar seres humanos. Um exemplo pode ser mostrado pelo Colégio Clotário Portugal, uma escola pública que pouco deixa a desejar para escolas particulares. Programas como o Manhã Cultural, que o Colégio Clotário Portugal está desenvolvendo, pode ser esse novo modelo de educação que a nossa sociedade necessita. Porque o jovem, além de aprender tudo sobre o conhecimento humano, em todas as artes, necessita, também, aprender a conviver, a oferecer o que tem, a trocar conhecimento, a desenvolver suas aptidões de forma livre, sem preconceitos, sem imposições.
Se a família não pode dar, nossos jovens necessitam receber nas escolas, aquilo que a modernização da sociedade impede que ele receba em casa. Hoje, pais e mães deixam seus filhos ainda em período de amamentação, em creches. Não que as creches não sejam lugares bons, para as crianças, mas o melhor é o colo da mãe. Pois a mãe "abandona" o filho e vai trabalhar, o dia inteiro. A criança, na creche, recebe o que a creche dá, mas a creche não substitui o colo da mãe, o amor, o afago, o exemplo. A criança cresce, sem a mãe e, ao atingir a adolescência, em regra não sabe o que ela própria é, o que pode, o que não pode, não sabe, muitas vezes, nem mesmo para que serve seu corpo, qual a sua função, para que Deus lhe trouxe ao mundo.