Grande mobilização foi necessária para desmantelar organização que tinha como alvo o ex-juiz e atual senador pelo Paraná, Sérgio Moro, bem como sua família. Segundo divulgado pela mídia, a intenção era sequestro e homicídio. Esconderijos foram localizados e prisões feitas em várias cidades e estados do país.

Essa "operação" contra Sérgio Moro foi feita por uma grande facção criminosa, que atua em vários estados do país, e conforme divulgado seria uma retaliação a ação de Sérgio Moro quando ele ainda estava ocupando uma cadeira como ministro de Justiça, no governo de Jair Bolsonaro. A ação foi a transferência do chefe da organização, Marcos Camacho, o Marcola, visando o isolamento de líderes e, consequentemente, o enfraquecimento do esquema.

É algo realmente assustador, até por conta do tamanho de planejamento feito para conseguir dar fim à vida de uma autoridade, conhecida pela sua luta pela prevalência da Justiça e do fim da impunidade, e sua família. Levanta o questionamento de como voltar a se sentir seguro; quando se recebe uma ameaça, todos acabam sendo suspeitos, especialmente ao saber que havia registros de toda a sua rotina diária.

É preocupante também ver que a maior autoridade do país, o presidente Lula, falou de forma baixa sobre um senador um dia antes de tudo isso vir à tona. Disse que queria - em palavras mais amenas - "ferrar" com o então juiz Sérgio Moro, o qual coloca como responsável pela sua prisão. Não é questão de defender ou não Moro, mas sim de cobrar postura adequada ao se referir a outrém em uma entrevista, especialmente uma autoridade eleita pelo povo. Chega a ser contraditório, pois ao sair da cadeia em Curitiba, Lula disse que sairia sem carregar um espírito de vingança. Essa "mágoa" existente é preocupante.  

Este episódio da história da Justiça e da Política do Brasil nos mostram o quão ousado o crime pode ser, não deixando de executar planos contra grandes nomes e autoridades do país. Algumas pessoas acreditam que não seria interessante executar pessoas de renome, por conta da repercussão e até mesmo perseguição aos suspeitos, o que se mostrou não ser real.

Os serviços de inteligência devem ser destacados neste caso, se mostrando bastante eficientes. Moro e sua família já sabiam da possibilidade de ataque há mais de um mês e vinham sendo protegidos pela Polícia Federal, enquanto havia uma mobilização para a prisão destes responsáveis pelo planejamento criminoso.
No fim, qual a imagem que passamos para quem nos vê lá de fora? De um país que não tolera a justiça? Onde há punição para quem promove a justiça, cidadãos cada vez mais oprimidos pela violência e liberdade para quem acredita no poder a qualquer custo.