O investimento total é de cerca de R$ 100 milhões.
As obras de substituição das últimas salas de madeira da rede estadual avançam em diferentes municípios do Paraná. Neste mês de maio, mais três colégios estaduais já tiveram a construção dos novos espaços concluída por meio do Instituto Fundepar: Tancredo Neves, em Almirante Tamandaré, Olindamir Merlin Claudino, em Fazenda Rio Grande, e Desembargador Clotário Portugal, em Campo Largo.
Ao todo, nessas três instituições, 15 novas salas com paredes feitas a partir de materiais ecológicos (ecoconstrução) foram montadas e já receberam novo mobiliário (quadros e conjuntos de carteiras) – e nas próximas semanas devem ter a parte elétrica e de rede lógica instaladas, para então serem liberadas para uso de professores e estudantes.
Ao todo, o Governo do Estado vai substituir até meados de 2024 todas as cerca de 400 salas de aula de madeira ainda existentes por salas bem mais modernas. O investimento total é de cerca de R$ 100 milhões. As obras já foram iniciadas em 98 salas de 18 colégios estaduais em 14 municípios e até a virada deste mês 50 devem estar totalmente concluídas em sete colégios de sete cidades.
“Esse projeto é uma demanda do governador Ratinho Junior para acabar com as salas de madeira. Essas obras começaram em janeiro e estamos agora no mês de maio chegando a 50 salas concluídas”, comenta o secretário da Educação, Roni Miranda.
“O projeto de ecoconstrução, que é a substituição das velhas salas de madeira do Paraná, está tomando um volume expressivo. Nós já estamos com quase 100 salas em construção, em um projeto em que a inovação é muito grande, pois cuida da parte térmica e acústica das salas de aula”, explica o diretor-presidente do Fundepar, Marcelo Pimentel Bueno.
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EXEMPLO – No Colégio Estadual Tancredo Neves, em Almirante Tamandaré, foram substituídas oito salas de madeira em um investimento de mais de R$ 2,1 milhões. Com mais conforto térmico e sonoro, além da prevenção de acidentes, as novas salas têm pisos em sistema radier (fundação espessa composta por laje de concreto armado).
“Agora temos novas salas com isolamento acústico, isolamento térmico, com conjuntos escolares novos, quadros novos. Toda uma estrutura nova, que vai dar muita qualidade e crescimento na questão da aprendizagem, oferecendo ao nosso estudante uma sala digna, muito boa”, diz o diretor Rodrigo Kramer Chaves sobre o nível de construção igual ou até superior ao das salas do prédio principal da instituição, de alvenaria, que abrigam os mais de 800 estudantes em três períodos.
A professora Lucélia Batista Melo, que está desde 2004 na instituição, ficou satisfeita com a novidade. “Vai melhorar nossa qualidade de ensino. A gente tinha dificuldades, a acústica era ruim e elas eram geladas. Essas salas novas vão melhorar a aprendizagem, são maiores, mais espaçosas. A gente ficou muito feliz”.
Ela diz que também gostou do quadro novo, quadriculado, e das novas carteiras em formato de trapézio. “Para eu que sou professora de Matemática, o quadro faz toda a diferença. As carteiras também vão ajudar bastante para os trabalhos em grupos e em pares”, ressalta Lucélia.
Além dessas salas, já foi concluída a substituição dos espaços de madeira em Piraquara, Fazenda Rio Grande e Campo Largo. Há obras em fase final em Apucarana, Londrina e Rio Branco do Ivaí.