A doença foi contraída no próprio município, sendo considerada a primeira vez que isso acontece; casos aconteceram nos bairros Jardim Esmeralda, Rondinha e Centro
A Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que atendeu três casos de Dengue - entre a semana passada e esta - e, após análises de cada um, a Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental confirmou que todos são casos autóctones, ou seja, casos contraídos no próprio município e não vindos de fora.
Segundo repassado à Folha, os casos são de regiões distintas, sendo um caso no Rondinha, um no Centro e um no Jardim Esmeralda. Esses foram os primeiros casos autóctones do município. Já houve outros em investigação, mas sem confirmação.
Sendo assim, Campo Largo entra agora nas altas estatísticas do Paraná que registram casos da doença com contaminação na cidade. E isso significa ainda mais alerta, segundo Viviane Janz Moretti, diretora da Vigilância em Saúde de Campo Largo.
“Sendo autóctone ou não, todo caso de Dengue passa por uma investigação imediata que é feita pelos Agentes de Combate a Endemias (ACEs). Tais confirmações de casos autóctones podem significar o início de um surto no município e consequentemente um aumento de demanda para nossa equipe. O momento exige atenção dos campo-larguenses para eliminarmos possíveis focos do mosquito que transmite a doença”, enfatiza.
Os casos suspeitos ou confirmados das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya), quando notificados, são visitados pelos ACEs. Os agentes visitam a residência do paciente e os imóveis do entorno em busca de criadouros. A investigação é feita pela definição de um raio, a partir de onde está o paciente. Isso é para verificar se há alguma larva do mosquito, ou se há risco de transmissão, neste espaço ao redor, baseado na distância que o mosquito costuma percorrer. Esse trabalho visa minimizar o risco de algum mosquito transmissor picar o paciente positivo e acabar transmitindo para os demais moradores da região, evitando que o ciclo de transmissão seja sustentado no município.
“O trabalho continua sendo feito e a divulgação é feita nos canais de comunicação oficiais da Prefeitura de Campo Largo, especialmente no site. Temos vários casos de larvas positivas para ‘albopictus’, porém para ‘aegypti’ só tivemos um caso até agora, no Itaqui de Cima”, declara Viviane à Folha.
O que fazer se estiver doente?
Fique atento aos sinais e sintomas da Dengue que são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Se sentir algum que possa ser compatível, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação. A coleta de exames dependerá do tempo dos sintomas.
Medidas preventivas
Em julho do ano passado, a Prefeitura lançou uma campanha preventiva contra o mosquito que transmite a Dengue, o Aedes aegypti, e ela foi intitulada “Não deixe ele chegar aqui”. Porém, infelizmente ele chegou, então o alerta agora é para os cuidados preventivos de toda a população do município, a fim de diminuir, ao máximo, os riscos de contaminação. Confira uma lista de medidas simples para, juntos, seguirmos vencendo o mosquito: Verificar se a caixa d’água está bem tampada; Cobrir bem todos os reservatórios de água; Deixar as lixeiras bem tampadas; Colocar areia nos pratos de plantas; Recolher e acondicionar o lixo do quintal; Limpar calhas; Cobrir piscinas; Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação; Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado; Cobrir bem a cisterna; Cobrir bem todos os reservatórios de água.
Ação dos Agentes de Combate a Endemias
É sempre importante destacar que, durante toda a pandemia de Covid-19, e também agora na fase endêmica, os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) de Campo Largo seguem realizando atividades que ajudaram - e ajudam - a manter o controle da infestação de mosquitos Aedes aegypti.
Diariamente, a equipe de ACEs desloca-se para Levantamento de Índice, ou seja, eles visitam um percentual de imóveis do município para procurar focos e fazer as orientações cabíveis. Além disso, eles também fazem monitoramento de pontos estratégicos, a fim de controlar a proliferação dos mosquitos. São selecionadas empresas (principalmente na beira de estradas) que, em suas atividades, podem ter ambiente favorável para o trânsito e manutenção de larvas do mosquito. Por exemplo, transportadoras que podem ter água parada em lonas ou em produtos estocados.
Os Agentes Comunitários de Saúde também auxiliam na orientação à população e na observação de possíveis criadouros.
A Prefeitura pede a todos que não descuidem e redobrem suas atenções aos possíveis locais que acumulem água, mesmo que sejam mínimos. Água parada em qualquer quantidade pode se tornar um criadouro, um local onde o mosquito nasce e procria. Contamos com a colaboração de todos!
Para mais esclarecimentos entre em contato com a Vigilância em Saúde no telefone (41) 3291-5116 ou pelo aplicativo de mensagens WhatsApp no número (41) 99515-0086.