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Saúde

Duas mortes estão sendo investigadas em Campo Largo

19/11/2013

Paraná investiga casos suspeitos de infecção por alimentação intravenosa. Dois casos são investigados no Hospital Infa

Duas mortes estão sendo investigadas em Campo Largo

19/11/2013

As secretarias estadual e municipal da Saúde divulgaram nesta terça-feira (19), em Curitiba, os primeiros resultados da investigação sobre uma possível contaminação de nutrição parenteral (alimentação intravenosa administrada a pacientes que não podem utilizar a alimentação convencional). A nutrição foi distribuída em 13 hospitais públicos e particulares de Curitiba e interior do Paraná e para serviços de saúde dos estados de São Paulo e Santa Catarina.

Os lotes suspeitos foram utilizados entre os dias 12 e 14 de novembro. Os primeiros casos foram notificados à Secretaria de Saúde de Curitiba no final da tarde de quinta-feira (14). Imediatamente, as vigilâncias sanitárias estadual e municipal determinaram a suspensão da produção e distribuição de qualquer produto fabricado pela empresa Nutro – Soluções Nutritivas, com sede em Curitiba, e começaram as investigações.

“O que levou os hospitais a suspeitarem da nutrição foi a piora do estado geral de alguns pacientes que utilizaram a alimentação e a análise de amostras pelo controle de qualidade da empresa, que apresentou indícios de contaminação”, afirmou o superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Cerca de 80 pacientes receberam a nutrição parenteral desta empresa nos dias informados. Destes, 20 apresentaram agravamento no quadro clínico e seis são suspeitos de morrerem em decorrência da contaminação. As mortes investigadas aconteceram em Curitiba (3), Campo Largo (2) e Francisco Beltrão (1).

O superintendente esclarece que neste momento os pacientes que precisam deste tipo de nutrição estão recebendo produtos de outras empresas. “O produto suspeito não está mais sendo utilizado. Toda a produção, que é diária e receitada individualmente para cada paciente, já foi retirada do mercado e dos serviços de saúde”, reitera.

Os pacientes com suspeita de contaminação estão sendo monitorados pelos hospitais e pelas equipes da vigilância do estado e dos municípios. “Também comunicamos a Anvisa e as vigilâncias dos outros estados para que nos mantenham informados da evolução dos pacientes, melhora ou piora do quadro clínico”, explicou Sezifredo Paz.

De acordo o médico infectologista Moacir Pires Ramos, quando uma bactéria é introduzida na veia do paciente pode causar a piora do estado geral e febre. “Os pacientes relacionados já tinham casos clínicos graves, portanto ainda não é possível dizer que a alimentação foi o fator determinante para as mortes suspeitas”, afirmou.

As análises das amostras serão feitas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) do Paraná, em parceria com o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da FioCruz, localizado no Rio de Janeiro. As conclusões preliminares devem sair em aproximadamente 30 dias. Caso fique confirmada a contaminação, a empresa poderá sofrer sanções na área administrativa e criminal.

Veja a lista dos hospitais que receberam a alimentação sob suspeita:

Curitiba e Região Metropolitana:

Hospital de Clínicas

Hospital Pequeno Príncipe

Hospital do Trabalhador

Hospital Nossa Senhora do Pilar

Hospital Infantil de Campo Largo

Maternidade São José dos Pinhais

Litoral e interior do Paraná:

Hospital Costa Cavalcanti

Hospital Regional do Norte Pioneiro

Santa Casa de Campo Mourão

Hospital São Lucas - FAG

Policlínica Pato Branco

Hospital Regional do Sudoeste

Hospital Regional do Litoral

Santa Catarina

Hospital em Lages

Hospital em Balneário Camboriú

São Paulo

Hospital em Itanhaém

Hospital em Pariquera Açu