10/10/2013
Embora os ancestrais selvagens do gengibre nunca tenham sido encontrados, acredita-se que a planta seja originaria do sul da Índia e da China. Nesses países, é usado como condimento, alimento e medicamento há mais de 5.000 anos.
O gengibre foi uma das primeiras especiarias do Oriente a entrar na Europa, trazida por mercadores árabes por volta do século 1 a.C. Pouco depois, já fazia parte dos tratados medicinais dos antigos estudiosos gregos e romanos, que mencionam suas propriedades depurativas e o seu uso como antídoto a venenos.
Na Idade Média, o gengibre chegou à França e à Alemanha no século 9, e à Inglaterra no século 10. Como outras especiarias, era um produto caro e valorizado.
Por causa do valor comercial do gengibre, os colonizadores espanhóis levaram a planta para ser cultivada em suas colônias no México e no Caribe. Em meados do século 16, o gengibre, que antes só era obtido na Ásia, começou a chegar à Europa vindo dessas regiões do Novo Mundo.
Os portugueses trouxeram a planta para o Brasil pouco depois do Descobrimento. Adaptou-se tão bem por aqui que alguns naturalistas europeus, em suas viagens científicas, acreditaram ser uma planta nativa, já que era comum encontrar o gengibre em seu estado silvestre.
A parte da planta que tem uso alimentar ou medicinal é o rizoma, seu caule duro e subterrâneo. Seu chá é considerado, pela tradição popular, como medicamento contra gripes e resfriados. Outro uso popular é misturar o gengibre ao aguardente, no famoso quentão servido nas festas juninas no Brasil.
O gengibre tem várias substâncias antioxidantes, que podem reduzir o risco de vários tipos de câncer, e ter efeito antiinflamatório. Alguns desses compostos do gengibre não são prejudicados pelo calor — em alguns casos, o cozimento pode até aumentar a sua atividade antioxidante.
O composto ativo que dá o gosto picante ao gengibre, o gingerol, além de ser antioxidante e antiinflamatório, tem um efeito anti-emético – isto é, capaz de aliviar sintomas de enjôo e náuseas.
Seu principal nutriente, o magnésio, contribui para o bom funcionamento do sistema de defesas do organismo, ajudando a prevenir infecções, além de ser um mineral importante para o desenvolvimento dos ossos e dentes.
Como Conservar
O gengibre pode ser guardado em local fresco e seco. Na geladeira, deve ficar nas prateleiras, e não na gaveta de legumes — a umidade deste local estraga o gengibre.
Para congelar, conserve a casca do gengibre. Isso evita que fique mole demais após o descongelamento.
(Fonte: Nestlé Enciclopédia)