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Saúde

Síndrome pé-mão-boca preocupa pais de crianças em idade pré-escolar

Em algumas cidades do Paraná, alguns casos da síndrome pé-mão-boca já foram confirmados e causaram bastante preocupação nos pais. Secretaria de Educação diz que nenhum caso foi registrad

Síndrome pé-mão-boca preocupa pais de crianças em idade pré-escolar

Em algumas cidades do Paraná, alguns casos da síndrome pé-mão-boca já foram confirmados e causaram bastante preocupação nos pais, em especial das crianças que ainda estão em fase escolar.

A Folha de Campo Largo conversou com o médico pediatra Haroldo Torres, que explicou o que causa essa síndrome. “A doença é causada pelo Coxsackievirus e se caracteriza por lesões bolhosas nesses locais - mão, pé e boca -, mas também em outras partes do corpo, com dor local e recusa de alimentação, febre por dois a três dias. Pode ser confundida com reações alérgicas como picadas de inseto em sua fase inicial ou com lesões de evolução bolhosas da varicela (catapora).”

O médico diz que a contaminação da doença é por contato pessoal, pele a pele, mas também pode acontecer por meio das roupas. O cuidado que se deve ter é evitar contato com pessoas que tenham as lesões, afastamento das escolas e creches enquanto houver lesões e lavar as mãos após o cuidado com a criança acometida. O médico enfatiza ainda a importância de manter a criança com boa alimentação e cuidados de higiene, pois esses podem ajudar a prevenir a doença ou evoluções em formas graves. O acompanhamento pediátrico rotineiro é outro fator importante para manter a criança saudável.

Embora mais comum nas crianças, pode acontecer em pessoas de todas as idades, que ainda não tenham tido contato com a doença antes. “O diagnóstico deve ser feito pelo médico, que irá identificar as lesões como características dessa virose. O tratamento consiste em medicamentos para aliviar os sintomas como coceira, dor local e febre, enquanto esses sintomas existirem. Volto a ressaltar que é importante o afastamento da criança acometida do convívio da creche ou escola para diminuir o risco de transmissão para outras. Apesar de ser uma doença considerada ‘simples e benigna’, há crianças que podem ter complicações”, enfatiza.

Quais complicações?

Em alguns casos, a pessoa infectada pode apresentar complicações como infecção de pele bacteriana secundária devido a coceira que teve, aftas infectadas por bactérias na boca – essas que podem ser causadas pela mão suja da criança ou com resíduos alimentares. Para casos de maior complexidade, o médico deve receitar o uso de antibiótico para combater a infecção bacteriana secundária. O Dr. Haroldo diz ainda que podem aparecer infecções mais graves, como a meningite, essa que apresenta riscos maiores para a criança.

Nenhum caso na cidade

A Folha de Campo Largo entrou em contato com a secretária de Educação, Dorotea Stocco, sobre os comentários que se espalham na cidade possíveis casos.

A secretária disse que até o momento não foram apresentados nenhum laudo ou atestado médicos que comprovassem essa doença em específico. “Tivemos casos de doenças de pele nos CMEIs do Ouro Verde e no Dedé Mocelin, entretanto, nenhuma tem ligação com essa doença do momento ou precisou de afastamento dos alunos”, declara.