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Saúde

Dia Nacional da Imunização reforça necessidade em manter calendário de vacinas atualizado

A médica de família Katlyn Pereira explica que as vacinas disponíveis hoje previnem contra doenças graves, por isso os pais não devem deixar de aplicar em seus filhos. A carteirinha de vacinação deve

Dia Nacional da Imunização reforça necessidade em manter calendário de vacinas atualizado

Nesta sábado (09) é comemorado o Dia Nacional da Imunização, um dia para conscientizar a população à necessidade de manter o calendário de vacinação das crianças sempre em dia. Desde 1973, o Programa Nacional de Inumização (PIN) oferta na rede pública todas as vacinas recomendadas ao país pela Organização Mundial da Saúde, estabelecendo um calendário nacional de vacinação, atualizado anualmente. Segundo a OMS, 22 milhões de crianças em todo o mundo não foram vacinadas.

A médica de família Katlyn Pereira explica que as vacinas disponíveis hoje previnem contra doenças graves, por isso os pais não devem deixar de aplicar em seus filhos. “É um fato que vemos hoje muitas correntes de mães que dizem deixar de vacinar seus filhos por conta das reações que a vacina dá na criança. Mas, vale ressaltar, que essas vacinas protegem contra doenças muito graves, que podem levar a criança até a óbito. As reações são normais, febre por um ou dois dias, a criança pode ficar com dor no local e diarreia algumas vezes, mas isso passa. O problema é ela pegar uma doença como sarampo, meningite e tantas outras.”

Com o aumento no número de crianças não vacinadas, também aumentou o número de surtos de doenças como sarampo e coqueluche, explica a médica.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no Capítulo do Direito à Vida e à Saúde, em seu artigo 14º, “É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”. As carteirinhas de vacinação podem ser exigidas no ato da matrícula, na participação de programas sociais e também para viagens internacionais. “Um pedido que é feito por todos os médicos e que a sociedade precisa atender é não descartar, em hipótese alguma, a sua carteirinha de vacinação. Na fase adulta, especialmente para mulheres que estão gestando, elas são de extrema importância. Assim o médico consegue saber se você está imune a determinada doença e você não precisará voltar a ser vacinado”, explica.

Quais vacinas

temos que tomar?

Até completar um ano de vida, a criança deve receber vacinas todos os meses, o que favorece o fortalecimento do sistema imunológico ainda prematuro.

Já quando nasce, a criança recebe nas primeiras horas de vida a primeira dose da vacina contra Hepatite B e assim que consegue atingir os três quilos recebe a BCG, que protege contra a tuberculose. Com dois, quatro e seis meses a criança recebe a pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B) / pólio inativada / Rotavírus monovalente / Pneumocócica conjugada 10-valente. Aos três e cinco meses Meningococo C conjugada, que protege contra a meningite e outras infecções graves. Quando completa nove meses, a criança recebe a vacina contra a febre amarela, que agora é em dose única. Com um ano é aplicada a dose Pneumocócica / Tríplice viral / Meningococo C.

Sobre a vacinação contra o HPV, o portal do Ministério da Saúde traz que a instituição “adotou a vacina quadrivalente, que protege contra o HPV de baixo risco (tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais) e de alto risco (tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino). A população-alvo prioritária da vacina HPV é a de meninas na faixa etária de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que receberão duas doses (0 e 6 meses) com intervalo de seis meses, e mulheres vivendo com HIV na faixa etária de 9 a 26 anos, que receberão três doses (0, 2 e 6 meses)”.

A vacina antitetânica precisa ser refeita a cada dez anos, especialmente para profissionais que trabalham muito com ferro, objetos enferrujados, construção civil e da área da saúde. “O tétano é uma doença rara e muito difícil de ser curada. No mundo existem pouquíssimos casos de sucesso na cura desta doença, por isso é muito importante manter a vacinação em dia”, ressalta.

Rede pública

Algumas vacinas são aplicadas em dias determinados nas Unidades Básicas de Saúde, como a Febre Amarela e a Tríplice Viral (contra varicela, caxumba e rubéola). Isso acontece porque cada lote tem capacidade para 20 doses, que precisam ser aplicadas o quanto antes. Depois de aberto, o lote pode ter validade entre sete e 14 dias. Com essa programação, evita-se que tenha desperdício de doses. Confira diretamente na UBS próximo da sua residência a data programada para essas vacinas em específico.

Ainda da tempo de se

vacinar contra a gripe

A vacinação contra a gripe foi prorrogada até a próxima sexta-feira (15). Atualmente, 64,49% da população-alvo já foi vacinada, mas os números de gestantes e crianças ainda é considerado baixo. Neste grupo, apenas 44,26% e 44,54% - respectivamente – foram vacinados contra a gripe.

O grupo mais vacinado foram dos profissionais da Saúde, com 81,43%, seguido dos idosos, com 75,77%, das puérperas (mulheres de deram a luz em até 45 dias), com 63,21% e por fim os professores com 56,22%. O ideal é ter próximo de 100% da população vacinada.