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Novos delegados assumem e buscam reduzir ainda mais os índices de criminalidade na cidade

Queda ainda maior no número de crimes e equipes especializadas para atendimentos diversos serão os objetivos dos novos delegados em Campo Largo

Novos delegados assumem e buscam reduzir  ainda mais os índices de criminalidade na cidade

No início deste ano, Campo Largo recebeu o novo delegado titular da 3ª Delegacia Regional de Polícia, o Dr. Wagner Ferreira Santos, que já acumula uma experiência de dez anos como delegado, atuando inclusive no estado do Maranhão, chegando no Paraná em 2016.

“Já conhecia Campo Largo, principalmente por meio de colegas. É uma cidade estruturada e bastante organizada, onde a nossa intenção é estabelecer um grande trabalho junto da delegada Dra. Mariana Coelho Cantu, que ano passado trabalhou no município de Reserva. Assim que fui designado para Campo Largo, comecei a estudar e procurar mais informações sobre a cidade, onde vi o alto índice de homicídios que acometeu a região em 2022 e também sobre o sucesso da equipe no ano de 2023, com a expressiva redução no número de mortes por homicídio e solução de casos. Essa é uma das questões que trabalhamos com a Divisional da Polícia Civil e vamos melhorar ainda mais estes índices. É sempre um desafio, mas já estamos buscando esse objetivo.”

Dr. Wagner comenta ainda que já existem planejamentos estratégicos sendo realizados, bem como a divisão de trabalhos dentro da própria equipe. Um dos trabalhos que será desempenhado é o próprio combate ao tráfico de drogas, por exemplo. Comentou ainda sobre o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, o que considera ser uma grande ferramenta, principalmente para ajudar a acrescentar informações que possam solucionar casos de homicídios.

Ressalta que o interesse da Polícia Civil é sempre investigar todos os casos que acontecem na cidade, trazendo uma resposta satisfatória para a população.
Entende que o trabalho na Segurança Pública é feito por meio de parcerias com as demais forças, que incluem no âmbito local a Guarda Municipal, Polícia Militar, o Conseg, Ministério Público, Poder Judiciário, entre outros. “Todos estamos jogando do mesmo lado, por isso devemos estar unidos, pois conseguiremos fazer um trabalho ainda melhor. Nas demais cidades por onde passei, tive muito sucesso com as parcerias e tenho certeza que em Campo Largo não será diferente”, pontua.  

Cartório de Vulneráveis
O delegado conta que a Dra. Mariana ficará responsável pelo Cartório de Vulneráveis, o qual fará atendimentos destinados às mulheres, menores e idosos. “Estamos analisando as áreas deficitárias. Houve essa melhora na resolução de homicídios, mas ainda precisamos trabalhar outras áreas. É importante ressaltar que agora somos dois delegados à frente desta comarca; trabalhando por meio dessa divisão, isso possibilita que tenhamos como treinar mais pessoas e deixá-las qualificadas para os atendimentos”, acrescenta.

Comenta que ambos os delegados já estão se inteirando de projetos previstos para o ano de 2024, como a casa lar para acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, entre outros, para participar ativamente dos processos. “A Dra. Mariana é bastante proativa e isso é muito importante, porque o resultado também vem do interesse e desta dinâmica de trabalho mais ágil, que é a nossa proposta”, completa.
Frisa que a Dra. Mariana e a equipe que atua com ela possuem cursos para atendimento especializado, trazendo mais conforto à vítima, que se sente mais segura em compartilhar as situações. “Na semana passada coletei o depoimento da vítima que foi abusada sexualmente pelo motorista de aplicativo. São casos que acontecem às escondidas e que devemos incentivar a denúncia, para que possamos tomar as providências. Proporcionar para as mulheres campo-larguenses essa escuta ‘de mulher para a mulher’ é muito importante, porque fará crescer o número de denúncias e conseguiremos atuar na prisão e também na prevenção destes crimes”, diz.

Cartório de Crimes Patrimoniais
Dr. Wagner ressalta que a equipe ainda está em transição, mas a intenção é trazer para Campo Largo um cartório de Crimes Patrimoniais, com escrivão, investigadores, assistente administrativo, profissionais com conhecimento técnico para auxiliar o delegado.
“Queremos designar pessoal somente para cuidar desta parte. Quando temos equipes especializadas em determinadas situações, acabam conhecendo a fundo o procedimento e trazendo investigações mais eficientes.”

Corpo na mala
A Folha aproveitou ainda o momento para perguntar ao delegado se ele tinha conhecimento do caso de grande repercussão, inclusive nacional, que foi o corpo encontrado em uma mala de viagem, no Jardim Santa Luzia, em agosto de 2023. Segundo informações da época, o corpo provavelmente era de uma mulher, não apresentava sinais de lesão, com características repassadas bastante peculiares, com cerca de 110 centímetros de altura e pesava aproximadamente 30 kg.

Desde então, testemunhas chegaram a ser ouvidas, mas o caso pouco evoluiu. “Estou estudando esses casos de homicídios em aberto, mas esse foi um dos que eu já passei. É um caso bastante emblemático, mas ainda carece de uma linha de investigação mais consistente. Vamos analisar este caso mais profundamente, porém, por hora não temos mais novidades”, diz.