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Campo-larguense com distrofia muscular entra no mar após 40 anos por meio do programa Praia Acessível

Campo-larguense com distrofia muscular entra no mar após 40 anos por meio do programa Praia Acessível

O programa Praia Acessível bateu recorde de atendimento no Verão Maior Paraná 2023/2024. Foram 763 atendimentos durante 38 dias de atividades no Litoral. O programa auxilia pessoas com deficiência ou baixa mobilidade a passarem o dia na praia ou tomarem banho de mar, sempre com auxílio de profissionais ou estudantes contratados pelo Estado. Ele é fruto de uma parceria entre a Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e a Sanepar.

Um destes paranaenses que puderam entrar no mar por meio do projeto é o campo-larguense Alcides Miguel Krzyzanovski, de 53 anos, tem distrofia muscular e há 40 anos não entrava no mar. “Realizei meu sonho de guri de entrar no mar. A sensação foi muito boa, porque nós somos meio diferentes das demais pessoas, mas queremos as mesmas oportunidades, sentirmos as mesmas sensações e esse projeto me permitiu isso”, declarou.

Segundo informações da secretaria, esse é o maior número de atendimentos já registrado, batendo o recorde anterior, de 2022/2023, com 385 usuários. As atividades começaram a ser oferecidas nas praias em 2017, com 57 atendimentos.

Para o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, o programa é um sucesso e ganha corpo a cada ano com a divulgação da oferta. “Não há dúvidas que tivemos uma temporada muito acessível para as pessoas com deficiência e baixa mobilidade. Reforçamos muito esse ano a divulgação para que nossos idosos ou pessoas com algum tipo de restrição entrassem no mar com tranquilidade”, explicou.

 

Onde tem o projeto

As cadeiras estavam disponíveis em seis pontos do Litoral, em Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Praia de Leste, Ipanema e Shangri-lá. As praias com maior fluxo de atendimento foram Shangri-lá e Caiobá, com 202 e 174, respectivamente. Foram 363 atendimentos entre mulheres e 400 atendimentos foram para homens. Dos 763 atendimentos, 730 foram realizados para pessoas com deficiência e 33 para pessoas com baixa mobilidade, inclusive para idosos com mais de 100 anos.

Além do Litoral, o Praia Acessível é executado em parceria com os municípios de Itaipulândia e Santa Helena, nas praias de água doce, e em Paranaguá, na Ilha do Mel. Esses pontos continuam com atendimentos até o dia 14 de fevereiro.

 

Melhorias

Em parceria com a Fundação Araucária, por meio do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Tecnologia Assistiva, e o Laboratório de Ergonomia e Usabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foram avaliados os equipamentos utilizados nesta temporada para que possam ser propostas melhorias para 2024/2025. As modernizações vão ser propostas no encosto da cadeira, nos coletes salva-vidas, faixa para os pés, entre outros itens.