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Alegria, brincadeiras e presentes para quem passa o Natal no hospital

Alegria, brincadeiras e presentes para quem passa o Natal no hospital

Natal é uma data de muita alegria e sensibilidade, que evidencia ainda mais a importância do voluntariado ao atender pacientes, familiares e colaboradores. A Folha foi até o Hospital Infantil Waldemar Monastier para entender melhor como é o trabalho nesta fase do ano, quando conversou com Guilherme Pasetti, diretor administrativo do hospital, José Augusto, responsável pela Hotelaria e Igor Vieira, responsável pelo RH.

“Esse período de Natal, se confunde com o aniversário do hospital, que é no dia 14, então, fazemos junto. Temos vários grupos que têm doação de brinquedos, apresentações musicais, alguma interação com as crianças, tanto no ambulatório, como nas enfermarias, mas já temos uma programação previamente elaborada, com todo o cronograma da semana de Natal, os grupos que virão aqui e que tipo de atividade farão”, explica José Augusto.

Para este período também é pensado em uma dieta especial, com lanches diferenciados para as crianças que podem consumir, como pizza, cachorro-quente e outros.

O número de pacientes nesta época diminui, visto que não são realizadas cirurgias eletivas - que retornam em janeiro e diminui o número de consultas. Ou seja, ficam internadas somente crianças que precisam estar ali.

Reação das famílias e dos colaboradores

Eles comentam que as reações das famílias diante destas ações são sempre de gratidão e emoção. Lembram de momentos únicos, como ao entregar um presente a um pai de um bebê internado na UTI Neonatal, que comentou que era o primeiro brinquedo que a criança recebera.

“São famílias e colaboradores que recebem esses presentes e atitudes com muito carinho. Pedem uma bênção, uma oração, uma música. É bonito e emocionante ver isso acontecer em nos nossos corredores”, diz José Augusto. “Eu adoro poder proporcionar isso para nossos pacientes e colaboradores. Estamos deixando a nossa capelania cada vez mais forte, trazendo parcerias, porque sabemos o quanto isso ajuda na recuperação, na força para as famílias e em tornar o ambiente mais agradável, mesmo passando por momentos difíceis”, completa.

Igor lembra que há poucas semanas, um ex-paciente voltou ao hospital para tocar gaita. “Tanto a criança como a família se sentiu agradecida pelo tratamento que receberam aqui. Nós vimos o quanto os profissionais ficaram felizes com esse retorno, pois se dedicam muito nos atendimentos. Já tivemos muitos casos como estes, de ex-pacientes que voltaram”, diz. No site do hospital há informações e um pré-cadastro, detalhando o que pretende fazer e quais dias disponíveis. Mais informações acesse https://hospitalinfantil.saude.pr.gov.br/Formulario/Venha-ser-um-Voluntario.

Visão dos voluntários 

A Folha conversou também com alguns responsáveis pelas ONGs que atuam no Hospital Infantil, que compartilharam um pouco da visão sobre o voluntariado.

“É um dos melhores hospitais que eu conheci, mas ainda assim é um ambiente hospitalar, com enfermidades, crianças doentes, onde os pais estão fragilizados. Então a nossa atuação como voluntários, como palhaços, faz com que essas crianças e famílias sejam levadas para o universo lúdico do circo e facilita o processo de cura. Há oito anos a Ong Amor Viral passa a noite de Natal com as crianças e seus familiares. É um tempo muito especial. Nós trazemos a mensagem do verdadeiro Natal, do nascimento do Menino Jesus e damos também um presentinho. Há oito anos eu vivo esse momento, que não consigo descrever, mas que é feito de muita alegria e amor ao próximo”, frisa o pastor Elias Azeredo, diretor da Ong Amor Viral.

“Um grande diferencial das ações que realizamos é a continuidade, independentemente das datas comemorativas, onde há uma grande mobilização de energia e recursos para proporcionar a quem está hospitalizado, uma celebração a essas datas, o que é muito legal”, comenta Eduardo Roosevelt, Diretor e presidente da Associação Nariz Solidário. “As ações realizadas em período de Natal, em uma época que há uma maior sensibilidade dos pacientes possuem grande força e impacto na recuperação dos pacientes. Os ambientes ganham mais cores, no nosso caso mudamos figurino, incluímos músicas de Natal e ampliamos ainda mais as possibilidades de intervenções”, finaliza Eduardo.

“Ser voluntário, principalmente no hospital infantil, é ter muito amor e compaixão pelas pessoas, principalmente porque é um local onde existe muita dor, tristeza. Para uma pessoa ser voluntária no hospital, ela precisa estar com o espírito preparado, pois mexe muito com o nosso emocional. São coisas difíceis que vemos e ouvimos. Ser voluntário é muito importante ao longo de todo o ano, pois é uma forma de levarmos alegria e esperança para outras pessoas. Eu acredito que isso venha de Jesus Cristo, é o amor dEle que levamos às pessoas na forma de conforto, que nos lembra da fé e dedicação ao próximo. Nossa gratidão pelo trabalho que pudemos realizar em 2023 e desejamos um ano de 2024 muito abençoado a todos”, completa Toto Lopes, da Ong Medicando Alegria.