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3 mil anos de história no Museu Histórico de Campo Largo

A História local está sendo muito bem documentada no Museu de Campo Largo (MHCL). Desde peças datadas de 3 mil anos atrás até a idade contemporânea, os curiosos conseguem conferir e mesmo compreender um pouco

3 mil anos de história no Museu Histórico de Campo Largo

A História local está sendo muito bem documentada no Museu de Campo Largo (MHCL). Desde peças datadas de 3 mil anos atrás até a idade contemporânea, os curiosos conseguem conferir e mesmo compreender um pouco mais da sua própria história.

Anualmente, o Museu Histórico de Campo Largo chega a registrar em média nove mil visitantes, não somente de Campo Largo, mas de várias regiões do Paraná, Brasil e do mundo. Pessoas de países como Tailândia, Estados Unidos, Alemanha e Canadá já marcaram presença por aqui e se encantaram com o que viram. Recentemente passou por melhorias, como adequações de acessibilidade e outras e foi reaberto na última terça-feira (23) para visitação.

O Museu

Fundado oficialmente em 2003, durante a gestão do prefeito Affonso Portugal Guimarães, o Museu Histórico de Campo Largo, e com efetivação de trabalho no ano seguinte, surgiu com a intenção de atender a necessidade da preservação da História e memória local.

“Os primeiros acervos recebidos pelo museu vieram de coleções de famílias tradicionais da cidade. Hoje nós temos salas de exposições permanentes e uma sala para exposições temporárias, na qual interessados podem realizar exposições de suas coleções e obras. Para isso existe todo um processo legal a ser seguido dentro da Prefeitura de Campo Largo”, explica Edirlene Fabris Portela, coordenadora do MHCL.

O local escolhido para abrigar o Museu já contém em si uma grande história enraizada. “O Museu está localizado em um prédio histórico, construído em 1911, onde foi primeiramente a Escola Macedo Soares, seguido do Fórum de Campo Largo. Muitas pessoas já passaram por aqui, é um local que contém em si muita História”, diz.

Atualmente, o acervo do museu contém cerca de 1000 peças cadastradas no Sistema Pergamum. Quando há interesse em realizar doações de peças ao museu, o doador precisa preencher um documento, no qual fica reafirmado que aquele objeto passa a ser de domínio do MHCL e não será devolvido ao antigo dono, sendo cadastrado e somente então poderá ser exposto. O local conta com segurança para evitar furto de peças.

As exposições permanentes no Museu

Ao entrar no MHCL, o visitante imediatamente é conduzido ao salão principal, onde se depara com a exposição referente à “Sala Histórica de Campo Largo”. “Neste ambiente estão os objetos ligados ao desenvolvi­mento econômico da cidade desde o século XVIII – pas­sando pelo Ciclo do Ouro, da Erva-Mate, Tropeirismo e Imigração. Temos expostas aqui também algumas má­quinas de escrever e objetos antigos”, diz.

O ponto alto da sala é a observação de objetos com mais de 3 mil anos de história, encontrados em sítios arqueológicos. De acordo com a explicação, povos in­dígenas ocuparam a região entre 2 e 3 mil anos atrás, vivendo de agricultura, caça e pesca de animais. Na exposição, o visitante encontra pontas de flechas, frag­mentos cerâmicos, lasca retocada e outros itens bastan­te interessantes. “Esses materiais são originais e foram doados para o Museu, encontrados na região do Salga­dinho, por equipes de Arqueologia”, conta.

Já a sala de “Saudações de Coragem” chama a aten­ção pela decoração e pelos itens únicos e históricos, que pertenceram aos Expedicionários campo-larguenses. É um espaço de homenagens e que inspira muito orgulho ao ter contato, ler as cartas e admirar as peças originais. Todas elas são mantidas com muito cuidado para que não deteriorem. Curiosidade: o visitante pode tirar uma foto com um capacete de soldado original da Segunda Guerra Mundial como recordação.

No caminho para a última sala, a “Sala das Lou­ças”, o visitante pode contemplar as fotos de todos os prefeitos da história de Campo Largo e os anos da sua administração. Já na Sala das Louças, a peça que mais chamou atenção na visitação foi um quadro pintado à mão que mostra a história de uma fábrica de louça – a riqueza de detalhes é admirável. Há coleções de louças finas e pintadas à mão – verdadeiras obras de arte, com detalhes em ouro e que merecem ser apreciadas. Uma das peças que irá entrar na exposição no futuro esteve em cenário durante na novela da Rede Globo e foi pro­duzida na cidade.

“Nosso Museu tem raiz, identidade e muita história para contar. Espero muito em breve poder abrir as por­tas do nosso Museu Histórico para os visitantes, para que eles possam contemplar a história da cidade nova­mente”, finaliza Edirlene.