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Cuidados com animais de estimação durante dias frios são essenciais para evitar doenças

Animais de grande porte, como cavalos e bois, também devem ser protegidos do frio intenso, alerta médica veterinária

Cuidados com animais de estimação durante dias frios são essenciais para evitar doenças

Nesta semana, baixas temperaturas atingiram a região de Campo Largo, que chegou a ficar com -3oC e despertou a necessidade de proteger também os animais de estimação do frio intenso. Garantir a eles um local apropriado faz com que sejam evitadas doenças e até mesmo óbito.

A médica veterinária Amanda Araujo Mendes (CRMV PR/13192) explica que algumas raças de cachorro como o Husky Siberiano e o São Bernardo suportam melhor o frio, porém muitas vezes a pelagem do animal não é suficiente para aquecê-los, necessitando de algumas medidas para protegê-los. “Para os que dormem fora de casa, fornecer casinhas e cobertores em um ambiente que ofereça proteção do vento e da chuva. Já os que dormem dentro de casa, providenciar uma caminha (existem vários modelos disponíveis de todas as cores e tamanhos), observar se o local onde ela está alocada não tem corrente de ar e se possível forrar o chão. Manter o pet agasalhado também é uma opção. Já para donos de gatos é importante deixar para eles camas que parecem tocas ou mesmo caixas de papelão, para que possam se esconder.”

A veterinária orienta que é importante observar se o animal está tremendo, querendo se esconder, se encolhendo e é neste momento que é importante aquecê-lo o mais rápido possível, pois é sinal que ele está sentindo frio. “Os pets idosos e filhotes precisam de atenção redobrada nos dias mais frios, pois não conseguem regular a temperatura corporal como os pets adultos. Os idosos têm tendência a sofrer mais com problemas articulares e, nos dias de temperatura baixa sentem mais dor, por isso é muito importante ficar de olho e ao sinal de qualquer alteração leve ao médico veterinário”, alerta.

Já os pássaros precisam de alguns cuidados especiais quando a temperatura cai. Dra. Amanda recomenda que eles fiquem protegidos de correntes de ar, por serem mais suscetíveis a ficarem doentes. Um dos sinais que estão sentindo frio são tremores intensos e constantes. Nos dias ensolarados, a recomendação da veterinária é para deixar que tomem um pouco de sol, pois isso vai ajudar a aquecê-los.

Doenças a serem evitadas
Dra. Amanda explica que algumas doenças acabam aparecendo com mais frequência no inverno, principalmente respiratórias e ostearticulares. “Os cães são acometidos pela traqueobronquite infecciosa canina ou a tosse dos canis, como é mais conhecida. Ela pode ser transmitida por contato direto com animais infectados, através de secreções respiratórias e objetos contaminados. Os sinais clínicos observados são tosse, secreção nasal, espirros e febre, podendo evoluir para pneumonia”, diz.

Já nos gatos, a mais comum é a rinotraqueite felina, uma doença altamente contagiosa, na qual os animais acometidos apresentam espirros, perda de apetite, febre, secreção nasal e ocular, tosse. A transmissão acontece através do contato com secreções nasais, oculares e saliva.

“A maior forma de prevenção e a vacinação regular dos animais. Os cães são vacinados com a vacina da gripe anualmente e os gatos contra o complexo de gripe felina. Cada protocolo vacinal precisa ser analisado pelo médico veterinário de sua confiança”, orienta.
A veterinária também fala das doenças articulares, que atingem com mais frequência os animais idosos. “Eles apresentam dores mais intensas nos dias frios, o animal fica mais apático, perde apetite, tem muita dificuldade para levantar e caminha com dificuldade. Procure um médico veterinário, ele poderá orientar o melhor tratamento”, recomenda.

Alimentação, tosa e passeios
Os pássaros precisam de uma alimentação mais reforçada no inverno, pois gastam mais energia para se manterem aquecidos, conforme recomenda a médica. O contrário acontece com cães e gatos, que devem ter seus hábitos alimentares mantidos durante os dias frios, além dos donos evitarem petiscos e alimentos de consumo humano.

“Quanto à tosa, ela deve ser evitada no inverno. É recomendado diminuir a frequência dos banhos e optar que eles sejam feitos nos horários mais quentes do dia. A tosa higiênica e a escovação devem ser mantidas. No inverno temos uma incidência maior com problemas de ouvidos (otite), devido à exposição ao vento e umidade após o banho. Muita atenção ao colocar roupinhas após o banho, certifique-se que o animal está bem seco, pois a umidade é um fator importante para o desenvolvimento de dermatites”, esclarece.

Já os passeios devem acontecer quando as temperaturas estiverem mais amenas.

Animais de grande porte
Donos de animais de grande porte, como cavalos e bois, devem ficar atentos e não deixá-los em campo aberto durante dias frios. “A queda de temperaturas e o vento frio pode extrapolar a capacidade de produzirem calor corporal levando a hipotermia e até a morte. Se o animal estiver magro, sem um abrigo para se proteger, ficar molhado, o aparecimento de doença e o risco de óbito é muito alto, devido à baixa imunidade. Fornecer uma alimentação com alto nível de energia, balanceada, é fundamental para os animais que vivem em campo produzirem energia interna”, finaliza.