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Campo Largo comemora um ano de imunização contra a Covid-19

Desde o dia 20 de janeiro de 2021, 223.150 doses foram aplicadas, informou a Saúde

Campo Largo comemora um ano de imunização contra a Covid-19

Desde quando a pandemia iniciou oficialmente em Campo Largo, com os primeiros diagnósticos, internamentos, óbitos e lockdown, o momento mais esperado pela maioria aconteceu no dia 20 de janeiro de 2021, em uma quarta-feira, próximo das 10h da manhã: a aplicação da primeira dose de vacinas contra a Covid-19. Os primeiros a receberem foram os profissionais da Saúde, que estavam atuando na linha de frente. Representando a classe, Ana Lucia Ribeiro do Vale (37), técnica de enfermagem com 10 anos de experiência na época e servidora municipal, foi quem recebeu a primeira dose.

Após um ano da primeira aplicação, 223.150 doses já foram aplicadas na população de 12 anos ou mais até o dia 18 de janeiro de 2022, o que representa 88% da população com primeira dose, com 98.099 doses aplicadas. Cerca de 87% da população tomou a segunda dose, com 90.865 vacinas aplicadas. Há ainda pessoas que receberam a dose única, com 4.294 vacinas aplicadas. A dose de reforço – ou terceira dose – chegou a 29.892 pessoas.

“Estamos no enfrentamento essa pandemia há dois anos , porém hoje com um cenário diferente, apesar do grande número de novos caos, os quadros estão mais leves com um número reduzido de pacientes hospitalizados comparado ao cenário vivenciado em março do ano passado, e essa redução dos casos graves é resultado da vacinação. Esse cenário atual não é somente no município, e sim a nível nacional. Portanto a vacinação não pode parar”, explica Danielle Fedalto, secretária de Saúde de Campo Largo.

A secretária ressalta que a vacinação não é obrigatória, porém, há locais que pedem os comprovantes de vacinação, o que seria uma maneira de incentivar a vacinação. “Todos os cuidados devem ser mantidos como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social e com certeza a imunização completa da população contemplada ate esse momento”, diz.

Atualmente o município enfrenta uma grande demanda de novos casos, porém leves, com pacientes se recuperando em casa, com o isolamento. “No boletim da última terça-feira (18), estávamos com cinco internamentos em enfermaria e um em UTI. Esses casos requerem cuidados, pois são pacientes com comorbidades e também alguns não vacinados.

O cenário em 2021
Conforme o boletim do dia 19 de janeiro de 2021, disponível no site da Prefeitura de Campo Largo, na data havia 40 novos casos confirmados e o município chegava aos 7.567 moradores com diagnóstico positivo para Covid-19 e 141 óbitos em decorrência da doença. Naquele dia, havia sido comprovado o óbito de duas moradoras da cidade que estavam hospitalizadas.

Ainda conforme o boletim daquela época, 11 pessoas estavam internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 13 internados em leitos clínicos (enfermarias) e ocorreram 141 óbitos até esta época. A ocupação de leitos era de 86% das vagas de UTIs e 59% das vagas de enfermarias exclusivas para adultos com Covid-19 na macro região Leste – regional de saúde a que Campo Largo pertence.

Estava em vigor o Decreto 6.555/2020, que estabelecia o “toque de recolher”, proibindo a circulação e aglomeração de pessoas em vias e espaços públicos entre 23h e 5h e a venda de bebidas alcóolicas neste período. Também estava em vigor o Decreto Municipal 441/2020, no qual as atividades comerciais continuaram podendo ser realizadas todos os dias da semana, com limitação de horários de funcionamento e havia suspensão de eventos e o uso de espaços destinados a atividades esportivas, sendo permitida somente a realização de eventos ou reuniões continua restrita a um número máximo de dez pessoas.

A organização para vacinação em massa
“Foi e ainda é um desafio muito grande. Eu agradeço porque tenho uma equipe na Saúde excelente. Iniciamos a campanha da Covid-19 conforme plano nacional e estadual de imunização, sem parar as demais vacinas. Sempre quando recebemos as doses nós aplicamos na população. Quando as vacinações ficaram suspensas, foi justamente porque estávamos aguardando a chegada de novas doses por parte do Estado”, comenta a secretária.

As primeiras vacinas foram destinadas aos profissionais da Saúde e também aos idosos do município, pela fragilidade de saúde. A secretária explica ainda que sempre foi seguido o Plano Nacional de Vacinação, o que evitou problemas durante este período e os que existiram foram pontuais e de solução rápida com divulgação pelos canais oficiais da Prefeitura, imprensa local ou in loco, diretamente com os profissionais de saúde. A não divulgação das marcas das vacinas, para evitar a “escolha”, como vinha acontecendo em algumas regiões do país, foi estratégica para que essa situação não acontecesse também.

Vale ressaltar que Campo Largo não registra óbitos pela doença desde o dia 31 de outubro de 2021.

Ômicron e casos em 2022
“Essa variante da Covid-19 já está em transmissão comunitária no Estado do Paraná, inclusive já há estudos que mostram que 80% dos casos novos são dela. O nível de transmissão está alto, por isso temos que manter os cuidados, com uso de máscara, álcool em gel, distanciamento social. Por mais que os casos estão leves, ela transmite muito rápido. Esses cuidados nós temos que manter, pois a pandemia ainda não acabou”, orienta.

Com o retorno das festas de fim de ano, Danielle explica que os casos subiram, justamente pelo descuido com o uso de máscara e aglomerações. Ela ressalta ainda que há muitos casos familiares. “Por meio do call center, acompanhamos os casos positivos e é realizado uma investigação epidemiológica para verificar o caso fonte, e a grande maioria esteve em viagens de final de ano. Quando a população foi vendo os últimos boletins de 2021, com poucos casos, alguns sem casos novos, foi dando uma sensação de confiança e foram relaxados os cuidados básicos. Por isso, nós temos reforçado esses cuidados e lembramos à população a pandemia não acabou”, recomenda.

Campo Largo conta com o Centro Covid, em anexo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com entrada e equipe de atendimento separadas para atender a população com sintomas respiratórios. “Devido à grande demanda que está tendo, embora casos leves, nesta quarta-feira (19) nós iniciamos uma retaguarda de atendimento no CAPS II. Remanejamos os atendimentos do CAPS para a UBS Dante Castagnolli, para que este prédio do CAPS atenda sintomas respiratórios leves de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h, otimizar o atendimento ao cidadão. Em casos moderados a graves o ideal é procurar o Centro anexo à UPA”, completa.

Vacinação infantil


Ainda na terça-feira (18) foram vacinadas as crianças indígenas e na quarta-feira (19) as crianças com deficiência permanente, com idades entre 05 e 11 anos. “Essa vacinação aconteceu no Cemae, onde fizemos uma estrutura diferenciada para receber essas crianças, para elas não irem para as UBS. É de responsabilidade de cada pai levar seu filho para a vacinação. A vacina Pfizer Pediátrica é dividida em duas doses, com a segunda aplicada após oito semanas”, informa.

Os pais ou responsáveis devem apresentar na data da imunização das crianças o comprovante de endereço, documento pessoal com foto, comprovante da deficiência (pode ser, por exemplo, o cartão BPC). Na hora da vacinação a criança precisa estar acompanhada de um dos pais ou de responsável legal ou, ainda, de pessoa que tenha autorização dos pais. Avós também podem levar seus netos, mas precisam da certidão de nascimento das crianças.

As crianças que frequentam regularmente a Erce serão atendidas no local. A equipe de saúde se deslocará até a Erce na sexta-feira (21), pela manhã. Para as crianças do interior do município, a própria escola fará o agendamento e entrará em contato com a família.
Para crianças acamadas, os pais ou responsáveis devem procurar a UBS mais próxima de sua residência para agendamento e a vacina será feita no próprio domicílio.

As divulgações dos grupos infantis para a imunização serão feitas de acordo com a chegada de novas doses. Em caso de dúvidas, telefone para (41) 3291-5209, Saúde de Campo Largo e/ou para o 156, Ouvidoria Municipal.