Chegada do período mais frio e seco do ano é considerada ideal para os apaixonados pela aventura, temporada que se estende de abril a setembro.
O clima mais seco de abril, com poucas chuvas e temperaturas mais amenas, próprio do outono, marca oficialmente o início da temporada de montanhismo no Paraná, período que compreende o inverno e se estende até setembro, às portas da primavera. Esse é o momento em que as Unidades de Conservação se tornam ainda mais protagonistas dos aventureiros e recebem mosquetões, cadeirinhas e cordas.
O Paraná abriga dois dos maiores picos do País: o Paraná, entre Campina Grande do Sul e Antonina, e o Agudo, em Sapopema. O Paraná está 1.877,39 metros acima do nível do mar, o mais alto do Sul, e Agudo tem 1.224 metros.
As Unidades de Conservação onde estão as montanhas são vinculadas ao Instituto Água e Terra (IAT). Neste momento, há 25 espaços de conservação abertos à visitação. Muitos deles com montanhas que merecem ser desbravadas. Há, também, pontos que ficam fora dos parques estaduais, mas que compõe o cenário paranaense.
“O montanhismo é qualquer prática que você faça na montanha e que tenha um significado para quem faz. É um relaxamento ao sair do meio da muvuca da cidade”, destaca a gestora dos parques estaduais Serra da Baitaca e Pico Paraná, Marina Rampim.
Ela e outros profissionais do IAT apaixonados pela adrenalina são dicas de parques em todas as regiões do Paraná:
CAMPOS GERAIS
Morro da Pedra Branca
Em Ortigueira, os aventureiros podem visitar o Morro da Pedra Branca, com mil metros de altitude, localizado a 35 km do município. O acesso ao morro pode ser feito de carro ou por caminhada de cerca de 40 minutos via asfalto. Ao chegar no topo, a visão panorâmica encanta pelos relevos e vegetação do município. Em uma rocha, as letras JFL e JHE indicam as iniciais de dois cartógrafos, Joaquim F. Lopes e John H. Elliot, que em 1846 fizeram um trabalho de mapeamento no local.
NORTE PIONEIRO
Morro do Gavião
O atrativo natural fica na Fazenda São João, em Ribeirão Claro, quase na divisa com São Paulo. O Morro do Gavião é uma formação rochosa que a 850 metros acima do nível do mar e a 380 metros acima do nível da Represa de Chavantes (formada pelos rios Paranapanema e Itararé). A vista panorâmica permite a observação do relevo, da represa e das encostas montanhosas.
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NORTE
Pico Agudo
Chamado também de Monte Ybiangi ou Ybiagi, linguagem nativa dos indígenas Kaingangs, o Pico Agudo está situado em Sapopema, com acesso pelo Distrito de Lambari, às margens do Rio Tibagi. O local fica bem na transição entre o primeiro e segundo planaltos, em uma Reserva de Patrimônio Particular Natural (RPPN), Fazenda Inho-ó. No Pico Agudo, entre outras atrações, é possível ver o vale do Rio Tibagi.
Seu cume, a 1.224 m de altitude, é um dos pontos mais altos da região Norte do Paraná e situa-se num conjunto de montanhas chamado de Serra dos Agudos, que inclui outras elevações nas proximidades como a Serra Chata (1.080 m) o Morro do Taff (1.115 m), a Serra Grande (1.180 m), o Morro do Meio (1.110 m) e o Pico do Portal (1.040 m).
NOROESTE
Três Morrinhos
Terra Rica é composta por rios e formações rochosas que fazem da cidade uma importante fonte de interesse geológico. No município, existe o Morro Três Irmãos, ou simplesmente Três Morrinhos, responsável pelo nome do Parque Estadual em que está inserido.
Possui uma altitude aproximada de 640 metros, numa altura média da base ao topo de 180 metros. No terceiro morro há a Caverna do Sol Nascente, por conta da sua posição coincidir com o nascer do sol logo na sua entrada. Tem um comprimento aproximado de 12 metros e teve sua origem a partir dos efeitos erosivos do tempo. O acesso ao topo do morro é através de uma trilha.
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