Sexta-feira às 22 de Novembro de 2024 às 04:26:25
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Período das férias exige maior atenção dos pais com a rotina das crianças

Neuropsicopedagoga dá dicas de como aproveitar bem esse período 

Período das férias exige maior atenção dos pais com a rotina das crianças

As férias da rede municipal de ensino começam na segunda-feira (10) e vão até o dia 24 de julho. São duas semanas para as crianças desconectarem das atividades escolares. Esse período é de extrema importância para renovar a energia física e mental, não só dos alunos, como também dos professores. 

 A Neuropsicopedagoga Joyce Mendes, que atua há 13 anos na área, conta que a mudança de rotina é inevitável, mas é necessário que os pais controlem essas mudanças para que isso não gere consequências no dia-a-dia das crianças e até mesmo na readaptação no retorno às aulas.

 Joyce afirma que o ideal é manter a rotina de alimentação próxima do habitual: “Manter as refeições nos mesmos horários de quando a criança está em período letivo, e também evitar o consumo exagerado de doces e guloseimas”.

 O sono também deve se manter regulado. Segundo a neuropsicopedagoga, é comum nas férias as crianças dormirem e acordarem mais tarde, mas essa alteração não é saudável: “Quando as aulas voltarem, vai ser difícil de re-programar a cabeça da criança para os horários corretos”. A sugestão que ela dá é que alguns dias antes do retorno para a escola, a rotina seja retomada.

 Esse intervalo é também uma oportunidade para enriquecimento cultural e social. É necessário controlar o uso de eletrônicos e promover atividades diferentes.

“A criança tem tempo para socialização, para conhecer novos lugares e pessoas. Ir a parques e teatros, por exemplo, são formas de intensificar a aprendizagem de maneiras diferentes e significativas, através da exploração desses ambientes.”

 Inserir as crianças nas atividades da casa, é uma das formas de ocupar bem esse tempo, também atividades artísticas, como pinturas e artesanatos, jogos de tabuleiros, brincadeiras como amarelinha, esconde-esconde, são algumas das sugestões que Joyce dá de como afastar o uso das telas.

   Acompanhar o que é acessado e assistido é indispensável, não só no período de férias. “É válido unir o útil ao agradável. Não temos como privá-las das telas, mas podemos oferecer conteúdos educativos de acordo com a idade”, indica a neuropsicopedagoga.

 O consumo desenfreado de jogos online e videogames traz uma série de malefícios:

 “Torna a criança propensa a se tornar uma pessoa ansiosa, gera uma inibição social pela falta de interação com o meio, prejudica a linguagem, já que não há um estímulo da fala”, finaliza Joyce.