Alunos do Colégio Sesi da Indústria preenchem 30% do quadro de medalhas do Estado na competição
Demonstrar a sua capacidade de análise e interpretação dos fenômenos geográficos e geocientíficos de modo integrado, rompendo com o dualismo geografia física x geografia humana. Deste modo, os alunos do Colégio Sesi da Indústria marcaram presença e preencheram 30% do quadro de medalhas para o Paraná durante a VI Olimpíada Brasileira GeoBrasil 2021, composta pela VI Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG) e IV Olimpíada Brasileira de Ciências da Terra (OBCT).
Das 81 equipes inscritas na VI GeoBrasil no Estado, apenas 40 conquistaram medalha. Os Colégios Sesi da Indústria somam 12 medalhas na competição, sendo 02 de Ouro para as equipes do Colégio Sesi da Indústria em Campo Largo, 08 medalhas de Prata, sendo seis para a unidade CIC e duas para Campo Largo, e 02 medalhas de Bronze, uma para Campo Largo e uma para CIC.
“Essa foi a minha segunda participação na Olimpíada. Na minha primeira participação, em 2019, fiquei com o bronze e isso me deixou com muita vontade de ganhar o Ouro e foi justamente isso que aconteceu esse ano. Mas foi muito mais do que ser premiado ou rotulado com uma medalha. Foi uma realização e uma conquista pessoal. O sentimento de superação é incrível; fez eu me sentir muito mais capaz de cumprir os meus objetivos pessoais e profissionais”, comenta Matheus dos Santos, medalhista de Ouro na Olimpíada Nacional de Geografia e aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Sesi da Indústria, em Campo Largo.
A Olimpíada Brasileira de Geografia e a Olimpíada Brasileira de Ciências da Terra tem como objetivo fortalecer o processo de construção do conhecimento geográfico e fomentar o ensino para a formação cidadã em todo o país. Durante a etapas da competição, as equipes dos Colégios Sesi da Indústria responderam um total de 35 questões de múltipla escolha e realizaram sete tarefas práticas, todas envolvendo discussões sobre temas relacionados a Geografia Geral e questões específicas de Ciências da Terra (Geografia Física).
A professora de Geografia Simone Taciane Barausse Lopes, uma das mentoras dos alunos durante a Olimpíada, explica sobre a trajetória do Colégio na competição. “O Colégio Sesi da Indústria em Campo Largo participa da Olimpíada Nacional de Geografia desde 2018. Em 2019, conquistamos Ouro e a vaga para a etapa mundial de 2020 na Turquia, que só não foi realizada em decorrência da pandemia. Esse ano, voltamos com tudo e os alunos estão muito animados com a conquista”.
A Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG) e Olimpíada Brasileira de Ciências da Terra (OBCT) é destinada a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares em todo o território nacional. Para participar, os alunos devem estar organizados em equipes, compostas por três integrantes além de um professor/orientador.
“Esta foi a primeira edição que a unidade CIC do Colégio Sesi da Indústria participou. Como estreantes, conquistamos seis medalhas de prata, metade das medalhas do Estado, e um bronze, totalizando sete equipes medalhistas na competição, de um total de 10 equipes inscritas pelo Colégio. Isso demostra a dedicação dos nossos alunos para esta área do conhecimento. Estamos muito contentes com o resultado e animados para a próxima edição”, comenta a orientadora pedagógica, Greice Kelli Penkal de Souza.
“Participar dessa olimpíada foi uma experiência simplesmente incrível. Eu já gostava de Geografia e agora com a Prata começo a ter um carinho ainda mais especial por essa área do conhecimento. Além disso, o apoio e incentivo das professoras foi fundamental para o resultado”, comenta Gilcelly Ribeiro Baptista, da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Sesi da Indústria - CIC.
A professora mestre em Geografia do Colégio Sesi da Indústria - CIC, Michele Hobal, explica que por meio das questões e desafios propostos, é possível verificar se o conteúdo trabalho em sala está alinhado em relação ao que é cobrado neste tipo de competição. “Por meio das questões e desafios é possível verificar se estamos alinhados ao que estamos trabalhando em sala de aula. Também é possível aprender novas metodologias. Na relação com os alunos e alunas é surpreendente como crescemos em relação ao ensino-aprendizagem. Para responder aos desafios lançados em cada etapa, também colocamos em prática a metodologia do Colégio; os alunos precisam saber trabalhar em equipe, ter autonomia e protagonismo. Estou muito orgulhosa com a participação e o resultados de todas e todos na competição”.
Metodologia Brasileira, Oficinas de Aprendizagem,
faz a diferença na formação dos alunos
Reunir os alunos em mesas redondas, formando equipes para solucionar os desafios propostos pelo professor, estimulando a postura investigativa e, principalmente, promovendo a transdisciplinaridade na educação. Essa é a metodologia utilizada no Colégio Sesi da Indústria.
Em 2011, por meio desta metodologia, o Colégio Sesi da Indústria tornou-se a primeira instituição de ensino brasileira reconhecida com o prêmio Hermès de l’innovation, concedido pelo Instituto Europeu de Inovação e Estratégias Criativas, na França. Na ocasião, o prêmio foi entregue por Marc Giget, um dos maiores especialistas do mundo na área da inovação, à professora Márcia Rigon, que desenvolveu a metodologia de ensino aplicada no Colégio Sesi da Indústria e que foi considerada, na ocasião da premiação, uma das experiências educacionais mais inovadoras do mundo.
O método, segundo sua idealizadora, prepara cidadãos e profissionais pró-ativos, mais conscientes de suas responsabilidades e mais empreendedores no sentido da inovação, da criatividade e da iniciativa própria. “Nas equipes, os alunos trabalham juntos, com metas e objetivos comuns. Um dos benefícios deste processo é o aprendizado da negociação, que eles levarão para a vida”, dizia Márcia.
Neste sentido, as soft skills, habilidades comportamentais ou competências subjetivas como, resiliência, empatia, colaboração, comunicação e relacionamento interpessoal, essenciais para o mundo do trabalho e para a vida, são estimuladas e desenvolvidas. “Estas habilidades garantem que, no ambiente de trabalho, o profissional estará preparado para lidar com situações adversas, conflitos, metas, desafios e resultados”, comenta Jacielle Feltrin, Gerente de Educação e Negócios do Sistema Fiep.
A autonomia e o desenvolvendo de habilidades para expressar, com mais facilidade, ideias de maneira criativa e dinâmica, também são desenvolvidas e estimuladas a partir da metodologia “Oficinas de Aprendizagem” que, além de avaliações individuais, também promove as avaliações em equipe. Ou seja, os alunos são incentivados a ter mais autonomia em relação aos seus estudos, fazendo com que se tornem mais comprometidos com a própria aprendizagem. “Uma formação integral, que contempla aspectos científicos, tecnológicos, socioculturais e emocionais, é o caminho para a formação de indivíduos capazes de se posicionar, contribuir e transformar a realidade em que vivem”, finaliza Jacielle.