Sandro foi lembrado por um grande número de pessoas nas redes sociais, especialmente pela cordialidade ao atender os clientes na loja de calçados onde trabalhava desde 1999, conforme relata seu irmão, Gil Fontana
Na noite da última sexta-feira (25), familiares, amigos e clientes de Sandro Fontana receberam a notícia que ele havia falecido enquanto praticava atividade física.
No Facebook da Folha de Campo Largo, mais de 2.100 curtidas na publicação, além de centenas de manifestações de pesar e destacando como ele foi um "rapaz com uma educação excepcional, extremamente profissional e humilde, que Deus conforte a família", como disse um seguidor. "Sem palavras, ainda não dá para acreditar. Meus sentimentos a todos da família, uma grande perda, uma pessoa maravilhosa. Deus o receberá em seus braços", completou outra seguidora.
Sandro Gilson Fontana tinha 43 anos, nasceu e cresceu em Campo Largo, e passou grande parte da vida no bairro São Caetano, com os pais e mais dois irmãos.
Era casado com Silmara e deixou dois filhos, um de 08 e outro de 05 anos. "Era um pai extremamente presente, que levava as crianças para a escola, pro inglês, natação e futebol, pois a minha cunhada trabalha em Curitiba. Estava sempre brincando com os filhos, demonstrava um amor imenso pela sua família", contou à Folha o irmão de Sandro, Gil Sandro Fontana.
Gil comenta que ele era uma pessoa muito alegre, tranquila e tratava todo mundo bem, por isso ganhou reconhecimento nas empresas por onde passou. "Ele começou a trabalhar muito cedo, com 14 anos, no mercado Druziki do Itaqui. Ficou lá por quatro anos e foi trabalhar em 1999 no Planeta Pé, que mais tarde se tornou Andaraki. Lá ficou por mais de 20 anos, onde alcançou o posto de gerente, trabalhando honestamente. Ele realmente amava o que fazia, vestia a camisa", diz o irmão.
Sobre as atividades físicas, Gil conta que já fazia um tempo que todos da família de Sandro, inclusive a esposa e filhos, participavam de corridas e competições. "Ele corria pela equipe ChimaRun, participou de várias competições. Começou a pedalar também, inclusive nós dois já fomos para São Luís do Purunã de bicicleta - eu saí de Curitiba, passei na casa dele de bike, na região do Ouro Verde, e fomos para lá. Na volta, ele foi comigo até o Cercadinho e voltou", diz.
O irmão de Sandro comenta que ele era uma pessoa bastante saudável, e que no ano passado fez exames do coração, que deram normais.
"Ele não era de se queixar e cuidava da saúde. Nosso pai faleceu aos 71 anos, em 2017, de problemas cardíacos também, mas até então o Sandro era saudável. Foi somente no velório que algumas pessoas comentaram que na sexta ele estava com dor no peito e no braço esquerdo. Talvez já fosse alguma alteração se apresentando", conta.
Após do trabalho, na sexta-feira, Sandro foi com mais dois amigos pedalar, e acabou se distanciando. Aos amigos olharem para trás, viram que ele havia caído da bicicleta. "Eles fizeram o possível, o que eles conseguiram, mas ele havia falecido. Foi uma noite muito difícil para todos. Aconteceu perto das 21h30, acredito eu. Ainda não sabemos o que aconteceu, pois o laudo do Instituto Médico Legal levará 30 dias para ficar pronto, mas acreditamos que seja mal súbito ou infarto fulminante", completa Gil. Sandro foi sepultado no Cemitério Santo Ângelo, no domingo (27).
"O que vai ficar dele são muitos aprendizados de amor incondicional à família, dedicação no trabalho e companheirismo aos amigos. Tenho certeza que Deus reservou um lugar especial para ele. Agradeço a todos pelo carinho por nossa família", finaliza.