Foi divulgada pela 3ª Cia do 17º Batalhão da Polícia Militar dados estatísticos referente aos índices de criminalidade dentro do município de Campo Largo sobre furtos, roubos, armas apreendidas, tráfico de drogas e homicídios.
A Folha de Campo Largo conversou com o Capitão Paulo, responsável pelo comando da companhia, que explicou que esses dados foram levantados pelo sistema Business Intelligence (BI). A medida que vão se formalizando novos boletins de ocorrência vão alimentando o sistema. “Por meio do sistema nós conseguimos fazer um comparativo do primeiro semestre dentro dos anos de 2017, 2018 e 2019. Essa diminuição se deve ao fato das medidas que temos adotado, como aumento no número de policiais na rua, especialmente na área central, com uma equipe especialmente direcionada para o Centro; temos apoio da sede do Batalhão, com disponibilização de equipes da Cavalaria e do Bope. Isso tudo tem mostrado um resultado bastante positivo.”
Os dados do primeiro semestre destes anos para casos de furto – caracterizado segundo o Artigo 155 do Código Penal pela apropriação de objeto alheio, sem consentimento e sem o uso de violência – em 2017 houve 929 registros de ocorrências, em 2018 diminuiu para 818 e neste ano já foram registradas 756 ocorrências. Este é o tipo de crime mais cometido na cidade e, conforme apresentou o Capitão Paulo no sistema BI, não é possível precisar bairros que são mais afetados por esse tipo de crime, uma vez que ele está bastante espalhado em vários pontos.
No tocante a roubos - quando há a apropriação de objeto alheio, com emprego de violência física ou psicológica, previsto no Artigo 157 do Código Penal – foram relatados no ano de 2017 473 casos, em 2018 foram 316 e neste ano manteve a média do ano passado, com 317 registros.

Apreensões e homicídios
A planilha também traz o número de apreensões realizadas nestes três anos. Os números são crescentes, o que é encarado como positivo pelas autoridades policiais, uma vez que se impede que novos crimes sejam cometidos com estes objetos ou que a venda de entorpecentes seja interrompida.
Dentro do mesmo período, primeiro semestre, nos anos de 2017 e 2018 foram apreendidas 30 armas de fogo sem registro e em 2019 foram 38 apreensões. Já sobre tráfico de drogas, a PM de Campo Largo realizou 20 apreensões no ano de 2017, 37 em 2018 e 44 neste ano.
Os homicídios, por sua vez, também diminuíram, de 12 casos em 2017 para 11 em 2018 e apenas sete em 2019.

Atenção e denúncias
“É importante frisar que todas as vítimas de crimes como roubos ou furtos, ou de quaisquer outras naturezas deve buscar a Polícia Militar para realizar o registro do boletim de ocorrência, pois isso contribui também para que nosso trabalho possa ser organizado de forma que vá inibir esse tipo de ação e alimentar o nosso sistema, já que é com base neste levantamento estatístico que nós conseguimos ver o que está acontecendo e onde precisamos aumentar o patrulhamento. Ele deve ser registrado imediatamente depois ou o quanto antes para que possamos localizar o suspeito de forma mais rápida”, explica.
O Capitão Paulo também enfatiza a necessidade de os cidadãos serem mais cuidadosos com seus pertences, procurando manter-se atentos ao que está acontecendo à sua volta, cuidar ao usar aparelhos celulares na rua, manter bolsas e mochilas sempre próximas ao corpo e fechadas.
Nas residências também devem procurar meios de não facilitar o trabalho para o marginal, investindo em segurança, verificando se portas e janelas estão trancadas antes de sair e verificando bem o local, se não há indivíduo em atitude suspeita ao redor da residência. Caso perceba algum veículo, motocicleta ou mesmo pedestre suspeito, é importante não entrar em casa, passar reto e ligar para a Polícia Militar com dados como modelo e placa do carro/moto e informações sobre a aparência do suspeito.