Quinta-feira às 21 de Novembro de 2024 às 04:42:09
Saúde

Hábitos saudáveis de vida podem evitar diabetes tipo 2

A doença pode acometer coração, rins, olhos e nervos e a prevenção, com hábito de vida saudável, é essencial

Hábitos saudáveis de vida podem evitar diabetes tipo 2

Estudos da Organização Mundial de Saúde apontam que já são 16 milhões de brasileiros com diabetes, mas cerca da metade ainda não tem o diagnóstico. No Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Diabetes, 14 de novembro, o objetivo é alertar sobre o diagnóstico e tratamento desta doença que causa cegueira, perda de função renal, disfunção sexual entre outros problemas.

A doença não tem cura, segundo esclarece o en­docrinologista Dr. André Fuck, mas que com tratamento adequado e controle a qualidade de vida do paciente é muito melhor. Ele alerta que, quando não tratado ou tra­tado de forma inadequada, órgãos podem ser acometi­dos – como coração, rins, olhos e nervos. “Considerada uma doença silenciosa, é, no mundo, a principal causa de cegueira adquirida, de perda de função renal e he­modiálise, de amputação de membros inferiores, além de intimamente relacionada a problemas cardiovascula­res, morte prematura, disfunção sexual, demência, en­tre outros”.

Existe o Diabetes tipo 1 e tipo 2, sendo o primeiro o mais raro e o segundo que pode ser evitado. Trata-se do aumento da glicose (açúcar) no sangue, chamado de hiperglicemia. Isso ocorre em decorrência a uma defici­ência na produção e/ou ação da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas e responsável, primordialmen­te, pelo controle da glicose sanguínea.

No caso de diabetes tipo 1, acomete pessoas jovens e o tratamento é obrigatoriamente com uso de insulina devido à deficiência completa da produção e secreção natural da insulina no corpo causada pela destruição do pâncreas. “Os sintomas são aparentes, como a perda de peso involuntária, sede excessiva, aumento do volume urinário, desidratação, fome exagerada, cansaço, visão embaçada e vômitos”, explica o especialista.

Quanto ao tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos, muitos não percebem nos estágios iniciais da doença, por ser assintomática. Está relacionada ao excesso de peso e resistência à ação da insulina. O tra­tamento pode ser com medicamentos orais nos primei­ros anos da doença e a reeducação alimentar e perda de peso são fundamentais. “Embora questões genéticas, familiares, ambientais e do próprio envelhecimento do indivíduo estão envolvidas no aparecimento da doença, é inquestionável que o ponto mais importante do proble­ma está relacionado aos maus hábitos de vida, como sedentarismo e alimentação excessiva e inadequada”, informa.

Dr. André orienta que exames preventivos anuais de glicose sanguínea em jejum são suficientes para uma boa triagem. Também aconselha a adquirir hábitos de alimentação saudáveis, equilibrada, com restrição de sal, gordura e açúcar, dando atenção ao consumo de vegetais e frutas. Atividade física deve ser praticada re­gularmente, pelo menos três vezes na semana, o que estimula a uma alimentação mais equilibrada, melhora na qualidade do sono, como também a reduzir consumo de álcool, cigarro e a ter uma vida menos estressada.