Diretor do Deptran reitera a importância da educação e do respeito no trânsito próximo às escolas, para evitar acidentes
Não é de hoje que a Folha de Campo Largo recebe reclamações por causa do trânsito intenso próximo aos colégios, escolas e CMEIS em horários de entrada ou saída dos alunos. Essa pauta também é apresentada com frequência nas reuniões escolares que acontecem ao longo do ano letivo. Porém, itens básicos de convivência e que fazem toda a diferença podem estar em falta: o respeito e a educação no trânsito.
André Pelissari, diretor do Deptran, explica que Campo Largo hoje tem um grande número de veículos e que o departamento já conta com ajuda, inclusive de profissionais de outro estado, para acertar as ruas. “Nós já fizemos um planejamento de trânsito na área escolar para deixar o ambiente mais seguro, quando pintamos uma faixa exclusiva para vans escolares, mudamos alguns sentidos de ruas para desafogar as regiões afetadas, entre outras ações. São poucos minutos de fluxo intenso, tanto de automóveis particulares, vans, ônibus escolares e os pedestres, que devem receber uma atenção ainda maior por se tratarem de crianças. Nessas áreas acontece o trânsito rotativo, ou seja, não permanece ali mais de cinco ou dez minutos.”
Recentemente o município recebeu a visita de três engenheiros de Santa Catarina, que irão estudar meios de fazer um replanejamento nas áreas mais críticas, que inclui o anel central e as áreas escolares. Hoje, somente no Colégio Estadual Sagrada Família há 800 alunos em cada turno que dependem do transporte escolar particular ou público. Outro exemplo citado por André são as 16 vans que prestam serviço na Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, e que exige uma rotatividade maior de carros.
Para evitar o trânsito intenso nessas áreas, tanto a secretária da Educação, Dorotéa Stocco, como o diretor do Deptran, destacam a importância do georreferenciamento. “Poucas pessoas percebem que, morando próximo à escola, colégio ou CMEI, não será necessário se deslocar de longas distâncias via carro, transporte escolar público ou privado. O georreferenciamento também visa a segurança dos alunos, pois os pais podem levá-los ou buscá-los a pé”, diz Dorotéa.
Casos de imprudência no trânsito podem ser repassados aos órgãos competentes. Denúncias sobre atitudes imprudentes de vans escolares devem ser feitas diretamente ao Deptran, de preferência com a placa do veículo e também com o número do registro (identificado pelo T + um número de 01 a 160 na parte de fora do veículo). Pais e escolas também devem estar atentos às condições do veículo e se o registro está colado no vidro dianteiro da prestadora do serviço – com data atualizada.
Para casos de motoristas e motociclistas imprudentes, os cidadãos devem buscar a Guarda Municipal. Fotos e vídeos também podem ser usados na hora de registrar a denúncia ou um boletim de ocorrências por causa de acidente. O diretor lembra que estacionar nas vagas destinadas às vans escolares em horários determinados nas placas de sinalização pode gerar multa, caso a Guarda Municipal identifique essa situação.
Educação é primordial
Um ponto bastante defendido durante a conversa foi a necessidade da educação no trânsito. “Precisamos lembrar que as crianças são observadoras e percebem tudo o que os pais fazem no trânsito. Por isso, aconselhamos que saia uns minutos antes de casa, estacione em local adequado, desça a criança pelo lado da calçada, atravesse na faixa, segure a mão da criança quando estiver andando com ela, dê seta, use o cinto e a cadeirinha. Parecem coisas tão simples, mas que são essenciais no trânsito”, finaliza André.