Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 03:55:50
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Férias escolares é um ótimo momento para estreitar laços familiares

Segundo psicóloga, essa é a época ideal para realizaratividades diferenciadas com as crianças e adolescentes

Férias escolares é um ótimo momento para estreitar laços familiares

Uns já estão em férias há alguns dias, outros vão começá-las nesta se­gunda-feira (23), mas o fato é que as férias sempre acabam causan­do um pouco de preocupação nos pais. Como manter os filhos entre­tidos? Como conciliar o trabalho, quando os pais não conseguem coincidir sua folga com a deles? O fato é que esse é o momento certo para estreitar os laços familiares e ficar mais próximo dos filhos.

O conselho é da psicóloga es­pecialista em Psicologia Clínica e Terapia Cognitivo-Comportamen­tal, Priscila Stocco. “Na Psicolo­gia sabemos que notas baixas nem sempre têm relação com di­ficuldades de aprendizagem, nível cognitivo ou com problemas com­portamentais, mas sim com ques­tões emocionais causadas por diferentes fatores como bullying, ansiedade, stress, entre outros, que, com base numa relação de ‘amizade’ e de escuta, é possível compreender e ajudar.”

De acordo com ela, uma op­ção é trazer para toda a família o “clima de férias”, procurando pro­mover atividades significativas. “Essa programação terá um sig­nificado especial para a criança e promoverá momentos de alegria e proximidade afetiva. É possí­vel combinar atividades do gosto dos filhos ou propor a eles ativi­dades criativas como ‘a noite do pijama’, ‘cinema em casa’, ‘brinca­deiras dos anos 80’, ‘festa a fan­tasia’, sem precisar gastar muito dinheiro para isso. No caso do adolescentes, envolver-se nos in­teresses deles, mostrando ‘empa­tia’, é uma opção”, diz.

                       

“Neste período o objetivo dos jogos e das brincadeiras são mais voltados ao lazer, portanto naturalmente há mais liberdade quanto a escolha das atividades. Porém, vale reforçar que brin­car ao ar livre e variar as ativida­des são ótimas alternativas e isso deve ser estimulado, quando o tempo permite que isso aconte­ça”, completa.

Entretanto, férias não pode ser sinônimo de descontrole. Pris­cila orienta que devem permane­cer as regras já acordadas. Ela ressalta que é importante uma conversa clara e aberta com com­binados prévios e temporários para flexibilizar algumas questões específicas como horário do sono e de brincadeiras, mostrando que é durante aquele período e logo voltam às regras normais.

Momento para mudar

e se reorganizar

Esse momento pode ser de re­organização para quem está com dificuldades na escola ou pas­sa por uma fase de tensão, como pré-vestibular, sem deixar de re­frescar a mente. Priscila orienta que é importante tentar conciliar o tempo de descanso com um pla­nejamento de rotina de estudos mais funcional e consequente­mente facilitar o engajamento no retorno das aulas. “Algumas ativi­dades possíveis são a elaboração de um quadro de tarefas constan­do uma programação dos estu­dos, a readequação do ambiente de estudos (estímulos, luminosi­dade e ergonomia), adequação de materiais necessários e definição de tempo de estudos. Também é possível consultar um (a) profis­sional da psicopedagogia para re­ceber um suporte especializado”, aconselha.

Para quem enfrentará um vestibular ou Enem no final do ano, a psicóloga diz que prati­car exercícios de meditação ou ouvir boas músicas pode trazer benefícios, cientificamente com­provados, para nossa mente, pois “ativam funções cerebrais impor­tantes responsáveis pela diminui­ção do estresse e da ansiedade e pela estimulação da motivação e de alegria, além de dar um reforço a mais para melhorar a atenção e a concentração”.

Outra questão bastante abor­dada, são as mudanças muito bruscas, como de cidade, esco­la, até mesmo casa, nesse perío­do. Alguns pais se perguntam se essa é uma boa época, se é uma boa escolha e como isso pode afetar as crianças ou adolescen­tes. “Toda mudança gera um stress normal para a adaptação, mas é importante ‘colocar na ba­lança’ quais as consequências de permanecer ou de mudar. Assim fica mais claro sobre o custo be­nefício da atitude e qual a melhor decisão. Em casos de crianças ou adolescentes que já estão pas­sando por outros fatores estres­santes como luto ou separação dos pais, recomendo um suporte terapêutico com psicólogo (a)”, fi­naliza.