A Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância em Saúde, informa os cuidados que a população deve ter em virtude do período de chuvas que acarreta o aumento do número de casos da Leptospirose, doença causada pela bactéria Leptospira, reservada em roedores como ratos, ratazanas, camundongos, ratos de telhados ou rato preto e, também, em animais domésticos (cães, gatos, bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros animais selvagens). Esses animais eliminam a bactéria pela urina por meses e até anos.
Com as chuvas, a urina se mistura à água de valetas, lamas, lagoas, cavas e, no caso das enchentes, pode ser levada para dentro das regiões alagadas.
A bactéria penetra no corpo humano através do contato da pele com presença de ferimentos, pele íntegra que esteve em contato com a água contaminada por um período prolongado (horas) ou pelas mucosas.
Após a contaminação, o período de início dos sintomas pode levar de 1 a 30 dias (em média de 7 a 14 dias) – a doença pode se manifestar com sintomas desde mais leves, como uma “Síndrome Gripal”, até formas graves, como infecção generalizada, comprometendo a função renal, pulmonar e cardíaca.
Sintomas
A doença pode se manifestar de forma bifásica (precoce e tardia), sendo a forma precoce a forma mais frequente (90-95% dos casos), facilmente confundida como uma “Síndrome Gripal” ou “Virose”.
Os sintomas mais frequentes da doença são: febre alta de início súbito, forte dores de cabeça, dores musculares generalizadas, principalmente na panturrilha (região posterior da perna), dorso e abdôme, perda de apetite e vômitos. Cerca de 30% dos casos podem apresentar vermelhidão nos olhos, que pode ser um sinal característico. Outros sintomas que podem surgir são diarreia, tosse seca e icterícia (olhos amarelados).
Algumas pessoas podem apresentar uma regressão dos sintomas iniciais que reaparecem após dois ou três dias de aparente melhora - esta fase é chamada de tardia, podendo evoluir para um quadro grave de infecção generalizada também chamada de fase imune, com o comprometimento da função renal, pulmonar e com manifestações hemorrágicas.
Orientações sobre o controle de roedores podem ser obtidas na Vigilância em Saúde do município, pelo telefone (41) 3291-5116.