Desafios do dia-a-dia podem afetar o comportamento das crianças e merecem atenção dos pais.
03/02/2016
A saúde mental das crianças merece atenção e cuidado. Muitas vezes elas podem emitir sinais de que estão enfrentando problemas sociais que as afetam emocionalmente. A psicoterapia infantil é uma alternativa não somente para crianças que já apresentam algum tipo de transtorno psicológico, mas também para buscar uma melhor qualidade de vida e saúde emocional da criança.
A psicóloga Priscila Stocco Costa lista alguns dilemas na infância que podem refletir no comportamento da criança e que merecem atenção dos pais. “A separação dos pais, o bullying, a mudança de escola ou endereço, a entrada para a adolescência, o nascimento de irmãos, entre outros. Uma parcela considerável desses problemas acaba desenvolvendo transtornos psicológicos”, conta.
O tratamento indicado é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que trabalha mesclando atividades lúdicas e técnicas específicas concentrando-se no exercício do pensamento, emoções e comportamento das crianças. Assim as crianças conseguem criar e usar recursos, se sentindo melhor com elas mesmas e com a sociedade em que está inserida, sendo supervisionada durante a atividade pelo psicólogo.
Ansiedade
Segundo a Organização Mundial da Saúde, em pesquisa divulgada no último dia 13, 33% da população mundial sofre com o transtorno da ansiedade. O transtorno é marcado por sintomas como a aflição, angústia, perturbação causada pelo incerto, relação com algo perigoso. Ela pode desencadear fobias, ataques de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, estresse pós-traumático, ansiedade social ou ansiedade generalizada, que levam a tontura, tensão muscular e medo constante.
Para evitar que esse mal aflija crianças, a psicóloga conta que desenvolveu um trabalho para a prevenção da doença. “O objetivo é que eles se conheçam melhor e estejam habilitados a enfrentar ou a pedir ajuda de um adulto quando percebem algum sinal de que algo errado esteja acontecendo, evitando que o quadro piore e necessite de intervenção medicamentosa, buscando a psicoterapia imediatamente”, explica.