Hoje o Diabetes é a principal causa de cegueira, perda de função renal, disfunção sexual entre outros problemas. Mais da metade das pessoas não sabe que tem a doença.
Hoje o Diabetes é a principal causa de cegueira, perda de função renal, disfunção sexual entre outros problemas.
O dia 14 de novembro, este sábado, simboliza o dia mundial de conscientização e combate ao Diabetes. Hoje são mais de 382 milhões de pessoas com a doença no mundo, no Brasil são 14 milhões, sendo 11,6 milhões de adultos, ou seja, um em cada 12 adultos tem a doença e quase a metade sequer sabe do diagnóstico.
Segundo o endocrinologista André Fuck, muitas pessoas não sabem que têm a doença porque nos estágios iniciais do Diabetes tipo 2, o mais comum, o quadro costuma ser assintomático. “Em estágios mais avançados e nos casos de Diabetes tipo 1, os sintomas são aparentes e, eventualmente, graves. Entre eles, perda de peso involuntária, sede excessiva, aumento do volume urinário, desidratação, fome exagerada, cansaço, visão embaçada e vômitos”, completa.
Dr. André Fuck enfatiza que o Diabetes é uma doença crônica e sem cura, mas que pode ser bem controlada, desde que acompanhada e tratada adequadamente. “Quando não tratado, ou inadequadamente tratado, o acometimento de órgãos como coração, rins, olhos e nervos é inevitável, mesmo nos pacientes sem sintomas aparentes. Por isso é também considerada uma doença silenciosa. É, no mundo, a principal causa de cegueira adquirida, de perda de função renal e hemodiálise, de amputação de membros inferiores, além de intimamente relacionada a problemas cardiovasculares, morte prematura, disfunção sexual, demência, entre outros”, esclarece.
Diabetes
O especialista explica que Diabetes é uma condição caracterizada pelo aumento da glicose (açúcar) no sangue, condição esta denominada hiperglicemia. Isso ocorre em decorrência a uma deficiência na produção e/ou ação da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas e responsável, primordialmente, pelo controle da glicose sanguínea.
Existem basicamente dois tipos de Diabetes, denominados tipos 1 e 2. No tipo 1, mais raro, ocorre uma destruição autoimune do pâncreas, que leva a uma deficiência completa da produção e secreção da insulina. “Nesse caso, o tratamento envolve obrigatoriamente o uso de insulina para controle da doença e preservação da vida. Geralmente acomete pessoas jovens e causa um impacto importante tanto na vida do paciente, como dos familiares”, orienta Dr. André.
O Diabetes tipo 2, segundo o endocrinologista, é aquele relacionado ao excesso de peso e resistência à ação da insulina. O tratamento pode ser com medicamentos orais nos primeiros anos da doença e os resultados são bastante positivos com programas de reeducação alimentar e perda de peso. “Com o ganho excessivo de peso da população nos dias de hoje, essa condição tem se tornado epidêmica no mundo. Embora questões genéticas, familiares, ambientais e do próprio envelhecimento do indivíduo estão envolvidas no aparecimento da doença, é inquestionável que o ponto mais importante do problema está relacionado aos maus hábitos de vida, como sedentarismo e alimentação excessiva e inadequada”, informa.
Mais informações pelos telefones (41) 3292-2846 e 3032-4012.