22/03/2015
O projeto Stop Drogas, em parceria com a Secretaria de Políticas Sobre Drogas, é desenvolvido e coordenado pelo CEMAE (Centro Municipal de Atendimento Especializado) do distrito de Três Córregos. Este ano ganhou um espaço para exposição na Feira Internacional de Educação Bett Brasil, que ocorre uma vez ao ano, em São Paulo, viabilizando, além da amostra, contatos com diversos canais no segmento da Educação.
O Stop Drogas contempla oficinas e palestras aos alunos do interior e a dependentes químicos da região, bem como aulas de leitura, desenho, contação de histórias, palestras com pais e toda comunidade escolar, visando e reforçando a importância da prevenção, especialmente às crianças. Através de reuniões e apoio pedagógico, muitos alunos que se encontravam em vulnerabilidade social conseguiram se recuperar. No ano de 2014, as coordenadoras do projeto, Marilei de Fátima Ferreira Gonçalves e Sirley Rosa Bueno Seixas, foram, por iniciativa própria, à Feira Bett Brasil para conhecer e mostrar o trabalho realizado com esses jovens – a partir daí, as portas se abriram e elas foram convidadas a exporem o Stop Drogas na Feira 2015.
Este ano o tema da exposição é A Escola dos Nossos Sonhos / Horizontes Possíveis, Desafios Imediatos, voltado à realidade que se encontram as escolas públicas e a sociedade em geral, traçando as dificuldades da atuação efetiva nas salas de aula e como os professores podem resgatar alunos e criar novas didáticas.
A professora e coordenadora do projeto, Sirley Rosa Bueno Seixas, explica que o trabalho desenvolvido com as crianças e jovens do interior é muito gratificante e envolve práticas que interagem com esses grupos. “É preciso, acima de tudo, trabalhar de forma humanizada, pois são alunos especiais e que se encontram em risco social”, ressalta.
A região de Três Córregos conta, hoje, com aproximadamente três mil habitantes e o principal ofício dos moradores é o corte de pedras brutas para o comércio. É um trabalho pesado que exige muita resistência física, onde muitos jovens trabalham arduamente num período e estudam no outro. Contudo, segundo a coordenadora do CEMAE, Marilei de Fátima Ferreira Gonçalves, a droga chegou há tempos na região, especialmente à atuação neste trabalho pesado e entre menores de idade.
Atividades
Outras ações serão realizadas no decorrer desse ano como a palestra para Mulheres no CEMAE interior, com o tema “Mulher Plena, Amor e Prevenção”, oferecida a todas as mulheres, mães e alunas, onde um diálogo será aberto para conversar sobre como prevenir as drogas dentro de casa, como propiciar mais segurança à família, o papel da mulher no resgate do dependente e espaço para testemunhos e ajuda.
O Stop Drogas também conta com a parceria do SESI através de ações aos alunos como jogos e brincadeiras, focando a Prevenção e a Cidade como temas principais.
Já a Escola Estadual João XXIII formou uma turma de 20 alunos do Ensino Médio que participam de ações jovens correlacionando a matéria de Sociologia com aplicações práticas como visita aos idosos, contação de histórias, oficinas de dança, de pipas, dentre outras. A professora e coordenadora do projeto na escola, Sabrina Tkaczyk, explica que os jovens encontram nessas atividades maior motivação aos estudos e o aprendizado fica mais fácil e funcional. “Eles são muito responsáveis, quando vamos a uma casa de repouso, por exemplo, eles se mobilizam e viabilizam todo o encontro, até mesmo o lanche para os idosos. É um projeto que faz a diferença e, assim, conseguimos disseminar e compartilhar informações relevantes sobre a Prevenção e sua importância na sociedade”.
