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Geral

Estacionamento

17/05/2014

Comerciantes querem Estacionamento Regulamentado

Estacionamento

17/05/2014

Por:Danielli Artigas de Oliveira


Há mais de um ano Campo Largo está sem EstaR – Estacionamento Regulamentado. O contrato com a empresa Caiuá, que administrava o serviço, foi encerrado no dia 07 de março de 2013, porque esta queria um reajuste de 40%.

Quando foi cancelado, muitas pessoas elogiaram, pois não concordavam com a cobrança do estacionamento nas ruas da cidade. Em uma enquete realizada no site da Folha, em que 2.099 pessoas participaram, 63,51% responderam que queriam ficar sem ter que pagar, enquanto 36,49% afirmou querer o EstaR. Quando a pesquisa é feita entre os comerciantes, grande maioria diz ao contrário: eles querem a volta do EstaR, justificando que muitos não encontram lugar para pagar e por isso diminuem as vendas.

“Não tem lugar para estacionar. A turma deixa o carro o dia inteiro na rua. Com o EstaR o comércio melhora e para todo mundo fica bom. Quantas pessoas me falam que não pararam na loja porque não têm aonde estacionar”, afirma o empresário Gerônimo Coltro. Comerciantes acreditam que o EstaR “educa o trânsito, faz com que gire menos carro, as pessoas estacionam e vão a pé em locais próximos”.

O proprietário de um estacionamento na região central, Marcio Miler, faz uma análise da falta do EstaR. Segundo ele, primeiramente faz falta para organizar o trânsito, pois muitos não estacionam no lugar correto. “Tem motorista que estaciona em cima da faixa, usam de maneira errada vaga de idoso e cadeirantes, motoqueiros que estacionam no meio de uma vaga para carros. De maneira indireta, com o EstaR existia uma fiscalização, orientação de usar as vagas corretamente”, detalha.

Segundo Marcio, o EstaR também auxiliava de maneira indireta na segurança. “Inibia a ação dos marginais porque sempre tinha alguém por perto, olhando os carros, e evitava estas ações. Agora ficou mais abandonado e tem tido muitos casos de furto de veículos e arrombamentos. A GM e PM não consegue estar em todos os lugares”, argumenta.

Quanto ao seu comércio, Marcio afirma que aconteceu um caminho inverso, em que houve reajuste de aluguel, de salários e impostos, mas que é difícil repassar aos clientes, porque eles não pagam se quiserem estacionar nas ruas. “É uma briga contra algo que é de graça”, diz, comentando que muitos não veem pelo lado da segurança que tem o estabelecimento. Ele, que está há seis anos com estacionamento na Rua Marechal de Deodoro, com o cancelamento do EstaR viu diferença no tempo de permanência dos veículos, diz que agora ficam por pouco tempo com o veículo estacionado em seu estabelecimento. “O faturamento caiu mais devido a isso”, completa.

Quanto ao interesse da Prefeitura em implantar o parquímetro, ele acredita que a população terá que ser educada tanto para o uso como para manutenção dos equipamentos. Marcio ainda sugere que tenha uma mudança na Marechal Deodoro, para circular duas vias, o que hoje pouco acontece. Para isso, pintar uma faixa para dividir a rua ou deixar estacionamento apenas de um dos lados. “É preciso organizar o trânsito”, diz.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura Municipal, para ter mais informações sobre a nova licitação do EstaR, já que a última foi impugnada por uma empresa.

Segundo o prefeito municipal Affonso Portugal Guimarães, “a Prefeitura está ciente dos problemas causados pela falta do estacionamento rotativo, mas deixa claro que está trabalhando para que no próximo dia 23 a licitação aconteça e o serviço seja reestabelecido o mais rápido possível. Tivemos dois processos impugnados, o que atrasou a implantação do serviço. A implementação de um novo sistema, no caso o de parquímetros, irá proporcionar mais qualidade ao atendimento”.

Parquímetro

Um parquímetro é um dispositivo eletro-mecânico usado para controle de estacionamento rotativo em vias públicas. Sistema com tíquetes de papel são o método mais comum de controle de estacionamento rotativo. A finalidade do Estacionamento Rotativo Pago é a possibilidade de cobrança da tarifa de estacionamento de forma mais justa, através de melhor fracionamento tarifário, podendo ser inclusive proporcional ao tempo de estacionamento utilizado pelo usuário. Ainda tem como objetivo a utilização de tecnologia que iniba o uso irregular das vagas e aumente a rotatividade, democratizando ainda mais a utilização de um espaço cada vez mais limitado, face o aumento constante da frota e do fluxo de veículos nas áreas comerciais da cidade.