24/12/2013
O Natal, como o conhecemos e o celebramos hoje, já era comemorado antes de Cristo, e no início da Era Cristã (até o século III), como uma festa pagã, em homenagem ao Deus Sol (Natalis Invicti Solis), ou (Aniversário do Sol Invencível). Acreditava-se que a noite mais longa do ano era a que antecedia a vitória da luz sobre as trevas, simbolizando o renascimento do Sol (Solstício de Inverno).
Os primeiros indícios da comemoração de uma festa cristã litúrgica do nascimento de Jesus em 25 de Dezembro (época do Solstício), estão no ano 354 dC., em Roma. Até então os cristãos comemoravam o nascimento de Jesus com a Epifania (apresentação de Jesus Cristo ao mundo, através da chegada dos Reis Magos, em seis de janeiro).
Natal
A comemoração em 25 de Dezembro foi importada para o Ocidente no final do século IV. No ano 350 dC, o Papa Júlio I, após minuciosa investigação, proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.
Muitos costumes populares associados ao Natal desenvolveram-se de forma independente da comemoração do nascimento de Jesus, com certos elementos de origens em festivais pré-cristãos, que eram celebradas em torno do Solstício de Inverno, pelas populações pagãs, que depois foram convertidas ao Cristianismo. Seus costumes, como a troca de presentes, tornaram-se sincretizados no Natal, ao longo dos séculos.
A celebração do Natal foi proibida em mais de uma ocasião, dentro da cristandade protestante, devido à preocupações de que a data é muito pagã ou anti-bíblica. Até hoje, algumas comunidades neocristãs não comemoram o Natal como a maioria dos cristãos católicos.
Estudiosos modernos argumentam que os festivais ao Deus Sol, o Natalis Invicti Solis, foi colocado sobre a data do Solstício, porque foi neste dia que o Sol voltou atrás em sua partida em direção ao o Sul e provou ser “invencível”.
Os festivais de inverno eram os mais populares do ano em muitas culturas. Entre as razões para isso, inclui-se o fato de que menos trabalho agrícola precisava ser feito durante o Inverno, devido a expectativa de melhores condições meteorológicas com a primavera que se aproximava.
A Escandinávia pagã comemorava um festival de inverno chamado Yule, realizado do final de dezembro ao período de início do janeiro. Como o Norte da Europa foi a última parte do continente a ser cristianizada, suas tradições pagãs tinham uma grande influência sobre o Natal.
A primeira vez que se faz referência direta à observância do Natal, entre os cristãos, acontece no pontificado do papa Libério (352-366).
A Bíblia diz que os pastores estavam nos campos cuidando das ovelhas na noite em que Jesus Cristo nasceu. O mês judaico de Kislev, correspondente aproximadamente à segunda metade de novembro e primeira metade de dezembro no calendário gregoriano era um mês frio e chuvoso. O evangelista Lucas afirma que havia pastores vivendo ao ar livre e mantendo vigias sobre os rebanhos à noite perto do local onde Jesus nasceu. Eles foram avisados no evento chamado de Anunciação aos pastores.
Símbolos
A viagem de Nazaré a Belém - distância de uns 150 km – foi muito cansativa para Maria, em adiantado estado de gravidez. Em Belém, Maria teve o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas de panos e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar disponível para eles no alojamento.
Maria necessitava de um local tranquilo e isolado para o parto.
A vaca e o jumento junto da manjedoura, conforme representado nos presépios, resulta de uma simbologia que diz: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não têm conhecimento, o meu povo não entende”.
Não há nenhuma informação fidedigna que prove que havia animais junto do recém-nascido Jesus. A menção de “um boi e de um jumento na gruta” deve-se também a alguns Evangelhos Apócrifos.
Após o nascimento de Jesus, chegaram do Oriente a Jerusalém uns magos guiados por uma estrela ou um cometa que, segundo a descrição do Evangelho de Mateus, anunciou o nascimento de Jesus e levou os Três Reis Magos ao local onde este se encontrava.
Embora seja um dia santificado Cristão, o Natal é comemorado por muitos não-cristãos, sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações.