24/12/2013

Natal é um verdadeiro encanto para as crianças, que ficam com os olhos brilhando ao verem os enfeites, árvores de Natal, as luzes piscando, e mais ainda ao encontrarem o bom e velho Papai Noel, muitas vezes distribuindo doces e presentes. Mas até quando isso faz parte da realidade de uma criança? Segundo a psicopedagoga Michelle Klaumann, até os cinco anos as crianças acreditam em Papai Noel, aquele que sabe tudo que elas fizeram durante o ano (de bom ou ruim, para analisar se são merecedoras de presentes).

Michelle explica que já a partir dos cinco anos começam as dúvidas. “Muitas não ousam expressar sua dúvida, para não se confrontarem com uma realidade que não desejam. Quando existem irmãos mais velhos, a não existência do Papai Noel pode ser notificada mais precocemente”, detalha.

As crianças gostam de acreditar em Papai Noel e não se sentem mal quando descobrem que o bom velhinho de barba branca não existe. Segundo a psicopedagoga, elas percebem que mesmo o Papai Noel não existindo, o Natal existe e a bondade do velhinho com as crianças continua, exercida pelos próprios pais e adultos mais próximos.

Estimular ou não?

Pela experiência da psicopedagoga, ela comenta que muitos pais se perguntam se é saudável para o desenvolvimento dos filhos estimular esta fantasia. “A fantasia é intrínseca à criança e figuras imaginárias enriquecem a vida da fantasia dela. O papel dos pais é, portanto, facilitar o mundo da imaginação para os pequenos, oferecendo-lhes possibilidades de sonho e imaginação. Neste sentido, incentivar a crença no Papai Noel é absolutamente saudável, pois o mesmo é, sem dúvida, uma recordação muito bonita que trazemos da infância e o que fica registrado em nosso inconsciente não é só a figura do entregador de presentes, pois o velhinho barbudo e simpático incentiva o valor à família, à fraternidade e à bondade. Dessa forma, o Papai Noel, por sua bondade incondicional, pode constituir um modelo importante para a identidade da criança. É um modelo de amor ao próximo e de generosidade”, explica.