07/12/2013
Equipe de Campo Largo classificada em Torneio de Robótica da Lego
07/12/2013
O Colégio Sesi de Campo Largo participou com dois grupos do Torneio de Robótica da Lego. Um deles, o R2D2, foi um dos dez classificados, entre as 35 equipes participantes da fase regional Sul, realizada na semana passada em Curitiba. A outra equipe conquistou o 11º lugar e ainda tem chance de participar da fase nacional, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro de 2014 em Brasília.
Na temporada 2013/2014 o desafio do torneio era criar projetos com o tema Fúria da Natureza. Cerca de 200 mil crianças de 70 países participaram. O objetivo é incentivar os alunos a trabalharem em equipe para buscarem soluções inovadoras, através da ciência e tecnologia; e neste ano o foco era prevenir desastres naturais.
O R2D2 é formado por dez alunos do 1º ano, de 14 e 15 anos de idade - Paulo Poletto, Eduarda Rosa, Sergio Machado, Alexandre Rodrigues, João Horvath, Davi dos Santos, Eduardo Silva, Eduardo Coletti, Adrian Netzel e Mayara Renadi. Ao serem questionados sobre o Torneio, a resposta foi unânime, de que esta foi uma experiência única, inexplicável, fez com que eles vissem ainda mais a importância do trabalho em equipe e que eles são capazes de encarar os desafios, com pesquisa, estudo e muita determinação.
O conhecimento e pesquisa em todas as disciplinas foram importantes para o desenvolvimento do projeto, como também o conhecimento adquirido através da participação de geólogo, psicólogo, engenheiro e até técnico em implosões. Eles explicam que o trabalho deles era minimizar os problemas se um vulcão na Ilha La Palma, pertencente ao arquipélago das Ilhas Canárias, entrasse em erupção. Para isso, fariam perfurações subaquáticas para colocarem usinas geotérmicas no vulcão e assim tirar a pressão interna, para que entrasse em erupção com menos força. Sem este projeto, 40% das lavas atingiriam o mar e causariam ondas de 100 metros no Marrocos, de 20 a 30 metros no Brasil no prazo de seis horas e cerca de 12 metros na costa leste dos Estados Unidos. “Não daria tempo de salvar a população, seriam cerca de dois milhões de pessoas mortas, além de afetar a economia”, explicam os alunos.
A primeira etapa era apresentar a pesquisa e a ideia desenvolvida e a segunda etapa era a execução das ações do robô produzido pelos alunos. Segundo eles, a parte mais difícil foi chegar na solução do problema. O robô foi feito com peças Lego e programado com tecnologia Lego Mindstorms NXT, que eles chamam de “coração do robô”. Foram desenvolvidas ações lógicas previamente salvas, mas o comando de cada uma delas era feito na hora da avaliação, por dois alunos representantes da equipe. A missão do robô era ajudar após a tragédia, com ações como resgatar pessoas e animais, erguer casas, passar por obstáculos, entre outros.
Pelo trabalho em equipe, o R2D2 foi premiado em primeiro lugar, com diversos critérios avaliados. Ainda foram indicados a outros quatro prêmios. A equipe Star Wars está aguardando se será chamada para a fase nacional. O projeto desses alunos foi voltado ao Vale do Itajaí, com medidas para evitar alagamento e deslizamento. Entre as soluções estava a plantação de pinus, bambu e plantas nativas na margem dos rios, a conscientização das pessoas sobre jogar lixo e saber como agir quando acontecer um desses desastres.
As professoras orientadoras dos projetos, Eliana Lopes e Michele Santos, e a diretora Adriana, dizem estar muito felizes com o resultado, o qual foi obtido com apenas um mês de trabalho e muita determinação de todos. Os últimos campeões desse torneio são brasileiros e elas estão bem otimistas com a fase nacional, a qual dará a oportunidade para que eles participem na fase internacional.
O torneio é também aprovado pelos pais dos alunos, que gostaram de ver o envolvimento deles, a importância de atividades como estas para o desenvolvimento dos jovens, tanto no aprendizado como no relacionamento. “Realmente gostaria de ver mais escolas participando, é muito legal, fortalece a amizade entre alunos e principalmente estreita a relação entre pai e filho”, comenta Cassius Horvath.