19-05-2010
Mais de 200 pessoas sofrem traumas graves em acidentes de trânsito, todos os anos, em Campo Largo.
19-05-2010
Mais de 200 pessoas sofrem traumas graves em acidentes de trânsito, todos os anos, em Campo Largo, devido ao uso inadequado dos equipamentos de segurança no trânsito. A maioria das vítimas trafegava em motocicleta, na hora do acidente, sem capacete ou usava de forma inadequada o equipamento. O sargento Stori (Ederlei Carlos Stori), chefe de socorro do Siate em Campo Largo, disse que o uso adequado do capacete pode salvar vidas e evitar sequelas.
"Quase 100% das vítimas graves de acidente com motocicleta, estava com a "jugular" solta (fita que prende o capacete ao pescoço). O "tirante"de jugular, bem afixado, evitaria 100% das mortes e traumas, como paraplegia e tetraplegia, nesses acidentes", disse o sargento. Segundo ele, a fita solta ou mal colocada, frouxa, em vez de proteger é causa de agressão à integridade física da vítima, no momento do acidente.
Gravidade
De janeiro a maio de 2010, já ocorreram 27 atropelamentos por motocicleta, em Campo Largo, com um óbito; os acidente entre carro e motocicleta foram 64, com um óbito e 50 vítimas em "Código 2". Dessas vítimas, segundo o socorrista, muitas entraram em óbito dias após o acidente ou sofreram lesões graves, ficando paraplégicas ou tetraplégicas, em decorrência do não uso adequado do capacete. Nos demais acidentes, caminhão X moto, foram três, com três vítimas em "Código 3", com ferimentos graves com risco de morte, quatro acidentes moto X moto, e duas moto X bicicleta. As estatísticas mostram, ainda, 33 acidentes envolvendo moto e moto, nesse período, com 24 vítimas em"Código 2".
Segundo Stori, quando os socorristas chegam nos locais de acidentes com motocicleta, a primeira preocupação é verificar se as vítimas estavam usando o equipamento corretamente. "Quando o equipamento está sendo usado corretamente, as lesões são, em geral, apenas superficiais. Os que estão com a "jugular" solta, ou estão conscientes, mas com sequelas gravíssimas ou inconscientes", disse ele. Lembra de um acidente recente, na Estrada da Lagoa, que o motoqueiro teve morte instantânea, por não estar usando adequadamente o capacete. "O corpo não teve nenhuma lesão grave, apenas o uso inadequado do capacete, causou a morte do rapaz", explicou.
O socorrista explicou que os motoqueiros têm que se conscientizar da necessidade do uso correto do equipamento. "Não adianta nada, colocar o capacete levantado, na cabeça, ou não afivelar corretamente o tirante da jugular", disse, adiantando que se não for realizada uma ampla campanha educativa, vamos continuar vendo motoqueiros morrerem ou ficarem paraplégicos e até tetraplégicos, a cada acidente.