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Geral

Falta orientação

16/08/2013

60% do material recolhido na coleta seletiva é resíduo não reciclável

Falta orientação

16/08/2013

 É preciso mais investimento na educação da população em geral quanto à consciência ambiental. Um dos pontos importantes, e cada vez mais necessários, é em relação à separação correta do lixo reciclável - ação que não custa às pessoas, mas que proporciona diversos benefícios.

O que se percebe é que não existe esta separação porque muitas pessoas não têm conhecimento da importância e nem sabem como fazer, o que é ou não reciclável, como deve ser este descarte. Isso pode ser percebido em matéria divulgada pela Prefeitura Municipal de Campo Largo, na qual afirma que o município tem sofrido com a separação incorreta do lixo, pois, de acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, cerca de 60% do material recolhido na coleta seletiva é, na verdade, resíduo não reciclável. Grande volume de material reciclável também não tem destino adequado, vai para o aterro sanitário, junto com o lixo comum.
 
O trabalho de orientação deve ser intensificado nas escolas, para que desde cedo as crianças se acostumem à forma correta de separar o lixo, para que passe a se tornar um hábito tanto dentro de casa como nos lugares que frequenta, em viagens, entre outros. Também é necessário que seja feito um trabalho bem pessoal, de casa em casa e nas empresas, conhecendo a realidade das pessoas, qual o destino que elas dão ao lixo e orientando a forma correta.
 
Outra situação que tem estimulado jogar reciclável no lixo comum é a demora para passar o caminhão da coleta seletiva nas residências e inclusive no comércio – geralmente uma vez ou duas na semana. A população reclama de ter que armazenar os resíduos durante uma semana e acabam jogando junto com o lixo comum. Em alguns lugares, o caminhão da coleta seletiva nem chega a passar.
 
Segundo a Prefeitura, esta mistura de lixo tem acarretado gastos ao Município. “Por exemplo: um material reciclável que é jogado no lixo comum acaba indo para o aterro sanitário, que cobra por peso de resíduos encaminhados. Se o material tivesse sido reciclado, o município não teria esse gasto com o aterro. Além disso, produtos poderiam ter sido produzidos a partir da reciclagem, gerando renda e, consequentemente, benefício econômico para a cidade”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Reinaldim.
 
A separação indevida tem sido percebida no material recolhido em residências e em empresas, bem como na triagem feita pela principal instituição de reciclagem parceira do município, a Associação Unidos da Reciclagem (ASSUR). A Prefeitura orienta que o primeiro passo para sanar o problema é conhecer os dias e a frequência da coleta seletiva e da coleta de lixo comum. A agenda pode ser consultada no site da Prefeitura de Campo Largo ou pelo Disque Meio Ambiente: 0800-645-0506. Além disso, é necessário se informar sobre o que é e o que não é reciclável. O secretário de Meio Ambiente também aponta para uma mudança no hábito de consumo, para gerar uma redução na produção de resíduos. “Isso pode ser feito, por exemplo, comprando produtos mais duráveis, com menos embalagens, evitando o uso excessivo de sacolas. As embalagens também devem ser reutilizadas, sempre que possível”, explica Reinaldim.
 
Recicláveis
 
Materiais recicláveis que devem ser separados para a coleta seletiva:
 
Papéis: papelão, papel misto (revistas, caixa de sabão em pó, caixa de ovo, lista telefônica, livros), jornal, papel branco, saco de cimento, caixas de leite (longa vida).
 
Metais: latinhas, panelas, frascos de desodorante, alumínio, sucatas, reatores ou motores, cobre, embalagem de marmita, ferro.
 
Vidros: cacos, garrafas, potes de conserva.
 
Plásticos: garrafa plástica (verde, transparente, de óleo, de álcool e de detergente), garrafas coloridas (shampoo, creme, ketchup, amaciante), potes de margarina, baldes, bacias, plásticos transparentes, sacolas, lona preta, tampinhas, sacos de ráfia, copo descartável, PVC (canos, forros, portas, filme), isopor.
 
Outros: eletroeletrônicos (computadores, máquinas, rádios, micro-ondas, TVs, telefones)
 
Não recicláveis
 
Restos de construção, espuma, seringas e agulhas, medicamentos vencidos, animais mortos e vivos, restos de alimentos, materiais contaminados com óleo e graxa, estopas, pneus, recipientes com líquidos, resíduos de jardinagem, madeira, lixo de banheiro, lâmpadas fluorescentes e outros.