15/03/2013
Confirmadas as duas mortes por Leptospirose
15/03/2013
Foi grande a repercussão dos casos de leptospirose em Campo Largo divulgados pela Folha e a população está em alerta. Foram confirmadas as mortes de Luiz Fernando Ferreira de Souza, 16 anos, do Jardim Tropical; e da menina de 12 anos, identificada apenas L.C.C. a pedido da família, por Leptospirose. Os sintomas levavam a esta análise, mas faltava o laudo que confirmasse.
De acordo com a investigação da Vigilância Epidemiológica, nestes dois casos os envolvidos tiveram contato com água parada e ambiente que poderia estar contaminado, devido a presença de roedores. Devido a isso, deve-se aumentar o cuidado ao ter contato com água parada, principalmente nesta época que chove constantemente.
A Secretaria de Saúde encaminhou nota de explicação sobre a doença e cuidados que precisam ser tomados:
A Leptospirose é uma zoonose causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de ratos, que, com chuvas, se mistura à água de valetas, lama, lagoas, cavas e até mesmo nas enchentes. A bactéria penetra no corpo humano através de pequenos ferimentos na pele, ou pela pele que esteve muito tempo em contato com a água.
Após a infecção, o período de incubação da doença é em média de 7 a 14 dias após o contato com a água contaminada. A doença só poderá ser confirmada com a realização de exames laboratoriais feitos uma semana após o início dos sintomas. Embora 90% dos casos tenham evolução benigna, a doença pode levar à morte se não for tratada de modo correto e precocemente.
Até novembro do ano passado foram confirmados 181 casos em 17 Regionais e 16 óbitos em 4 Regionais de Saúde do Estado do Paraná. A 1a Regional de Saúde (Paranaguá), foi a que teve maior taxa de letalidade em 2012, com nove casos confirmados e dois óbitos. (Fonte: Sinan Net)
Sintomas
Os primeiros sintomas da doença são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas dores pelo corpo, principalmente na panturrilha (barriga da perna), cansaço e calafrios.
Também são frequentes dores abdominais, naúseas, vômitos, diarreia e desidratação. É comum que os olhos fiquem amarelados. Em algumas pessoas os sintomas reaparecem após dois ou três dias de aparente melhora, podendo evoluir para um quadro grave de insuficiência renal, respiratório e hemorrágico.
Controle de roedores
Na tentativa de controlar os ratos que eventualmente estejam alojados nas casas ou quintais, a população sem orientação técnica adequada, tenta em vão utilizar meios equivocados para este fim. Um exemplo é a compra de raticidas proibidos, como os vendidos na forma líquida e o chumbinho, que representam um grande risco para a saúde da família e até mesmo de pequenos animais domésticos, pois aumentam os casos de intoxicações acidentais com estes venenos. No entanto, para o controle efetivo dos ratos, estes produtos são totalmente ineficientes.
Para uma espécie de animal se instalar em um ambiente, ela precisa de alguns fatores determinantes, são os chamados 4 ‘’As’’- Acesso, Abrigo, Alimento, Água. Isto serve para ratos, pombos, aranha marrom, escorpiões, baratas, mosquitos da dengue, e outras pragas. Portanto, a população deve tentar identificar por onde os ratos entraram na sua propriedade, onde eles estão escondidos, o que está servindo de alimento e onde busca água.
Orientações sobre o controle de roedores podem ser obtidas na Vigilância em Saúde do município, pelo telefone 32191-5116.
A Vigilância em Saúde de Campo Largo realizou ações educativas no município, orientando a população sobre os riscos e cuidados na prevenção da doença (conforme citado abaixo), dentre outras ações que serão vinculadas na escolas locais.
Cuidados importantes:
Evitar contato com águas de enchente, cavas e valetas;
Manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados e à prova de roedores (potes de vidro, latas de alumínio), em locais elevados do solo. Manter a cozinha limpa, sem restos de alimentos para evitar a presença de roedores.
Retirar as sobras de alimento ou ração de animais domésticos antes do anoitecer e manter limpos os vasilhames de alimentação, evitando atração dos roedores.
Manter os terrenos baldios e as margens de córregos limpos e capinados. Não jogar lixo nesses locais.
Evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais, como telhas, madeiras e materiais de construção, pois servirão de abrigo ao roedor.
Acondicionar o lixo em sacos plásticos ou em latões de metal com tampa, armazenando-o em locais altos até que seja coletado;